Gabinete de Apoio ao Associativismo deve avançar em 2018

A proposta da vereadora Ana Bernardino já está em estudo na Câmara Municipal

A vereadora Ana Bernardino, eleita pelo PS na Câmara do Cartaxo, quer mais apoio ao associativismo no concelho.

Segundo disse na reunião de Câmara de segunda-feira, 20 de novembro, realizada em Pontével, “eu fico sempre impressionada com a quantidade de eventos que acontecem no nosso concelho, no mínimo, quatro por fim de semana. Isso significa que há uma dinâmica muito forte das nossas associações”.

Ligada há muito ao associativismo, Ana Bernardino salientou que “acho que o Município tem responsabilidade, já que não pode apoiar as associações financeiramente, tem outro tipo de responsabilidades, e está na altura de as assumirmos. Isso, através, na minha opinião, de uma plataforma de apoio ao associativismo, que está no programa do Partido Socialista, e devíamos apostar na criação de um Gabinete de Apoio ao Associativismo. Acho que está na altura de apoiarmos devidamente as nossas associações e, sempre que elas têm dúvidas, haver um espaço próprio onde as possam colocar”. A juntar a isto, “também acho que devíamos dar formação aos agentes culturais, aos agentes associativos e realizar protocolos com a Confederação Portuguesa de Cultura e Recreio. Acho que devemos isso às nossas associações e a todos aqueles que ‘dão o litro’ para que haja dinâmica nas suas freguesias e que proporcionam tantas atividades”.

A proposta da vereadora já está em estudo na Câmara Municipal. Elvira Tristão, responsável pelo pelouro da Cultura, adianta que esta já é uma ideia antiga, “que ainda não foi posta em prática, mas que sê-lo-á em breve, porque a ideia tem vindo a ser discutida em equipa, sobre qual é a melhor forma de nós criarmos uma estrutura de apoio ao associativismo”.

A vereadora destaca que “primeiro, é preciso termos a ideia de que o associativismo é o associativismo cultural, é o associativismo desportivo, mas também há associações de proteção dos animais, associações da natureza, caçadores, etc, e, portanto, é necessário criar uma estrutura abrangente e transversal aos vários serviços da Câmara”.

Tendo consciência de que “nem todas as associações têm as mesmas necessidades”, a autarca garante que “o apoio existe. Não de uma forma estruturada e com uma estrutura formalizada, mas a ideia é ter uma plataforma que contemple uma equipa multidisciplinar com colaboradores dos vários setores, desde a Divisão de Administração e Planeamento Urbanístico, Divisão da Cultura, Educação… das diversas áreas”. Isto, uma vez que “há associações que precisam de apoio logístico, há associações que precisam de apoio jurídico ou de aconselhamento financeiro e fiscal, há associações que necessitam de apoio para a regularização de construções que têm e isso implica um trabalho quer da DOM quer da DPAU”. Resumindo, “terá de ser uma plataforma que reúna regularmente, para fazer a inventariação das necessidades manifestadas pelas associações e que tenha um ponto focal que faça a ponte com as associações e que, no fundo, articule essa equipa multidisciplinar”.

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Não querendo apontar datas definitivas para a entrada em funcionamento desta estrutura, Elvira Tristão adianta que “no primeiro semestre de 2018 penso que teremos essa estrutura a funcionar”

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