Há um investidor interessado em patrocinar a equipa sénior do Sport Lisboa e Cartaxo

Atual Comissão Administrativa do SLC assegura que não vai deixar o clube cair num vazio diretivo

 

Apesar de a atual Comissão Administrativa do Sport Lisboa e Cartaxo já ter assegurado que não vai deixar o clube cair num vazio diretivo, os associados continuam a não apresentar listas concorrentes.

Esta quinta-feira, 1 de junho, realizou-se mais uma Assembleia Geral, em que um dos pontos era precisamente a apresentação de listas e, tal como o Jornal de Cá testemunhou, os poucos associados presentes não se mostraram disponíveis para assumir responsabilidades diretivas, aliás, à semelhança do que tinha acontecido na anterior Assembleia Geral, que tinha contado com pouco mais de uma dezena de sócios.

A disponibilidade de alguns membros da atual Comissão para continuar, bem como de alguns outros associados, foi reforçada nesta reunião magna de sócios. “Dissemos que havendo condições, em termos físicos, para nós podermos continuar, nós, logicamente, iríamos continuar. Não sendo todos os membros que pertencem a esta Comissão, é quase certo que, com as garantias que nos estão a dar, vamos continuar”, assegurou Luís Salgueiro, da Comissão, aos associados.

Continuo a acreditar. Acredito que, neste momento, estamos no bom caminho, acredito que as coisas podem ser solucionadas rapidamente. Até começar a nova época, em setembro.

Luís Salgueiro

 

No entanto, a Comissão entende por bem dar tempo e espaço para que outros associados possam apresentar listas antes de efetivar a nova Comissão. “Quem somos nós para impormos o que quer que seja? Não estamos aqui agarrados a nada, como é óbvio, andamos aqui por bem, caso contrário, nem sequer estaríamos aqui. Sabemos, também, que há pessoas prontas para nos ajudar, se nós continuarmos, para fazer parte de uma Comissão”, acrescentou este responsável.

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Luís Salgueiro reforçou que “continuo a acreditar. Acredito que, neste momento, estamos no bom caminho, acredito que as coisas podem ser solucionadas rapidamente. Até começar a nova época, em setembro, temos quatro meses pela frente, se envidarmos todos os esforços no sentido de acelerar o processo, eu acho que temos todas as condições para que isto possa arrancar”.

Nesta altura, o clube debate-se com dificuldades financeiras. Paga 700 euros mensais pela utilização do relvado de Vila Nova de São Pedro e, além disso, perdeu o rendimento do bar, que representava cerca de 1500 euros mensais. A juntar a isto, os atrasos nas mensalidades dos atletas rondam os sete mil euros. Segundo Paulo Magro, da Comissão, alguma dessa dívida só poderá ser recuperada na próxima época, aquando das inscrições dos atletas, “porque têm de pagar aquilo que está para trás”. Assim, a dívida do Sport Lisboa e Cartaxo deverá cifrar-se, no final da época, em cerca de 16 mil euros.

Nesta Assembleia os sócios ficaram, também, a conhecer o que poderá ser uma boa notícia para o clube: existe um investidor interessado em patrocinar a equipa sénior. “Não é que o custo com os seniores seja muito. Vocês sabem que há ali muitos a ganhar 20 euros, 50… o que ganham é praticamente para as despesas do vai e vem. Mas não deixa de ser um orçamento, porque há treinadores, há corpo clínico, há um plantel de 22, 23 jogadores e, portanto, tudo junto acaba por ser um bolo”, explica Luís Salgueiro, adiantando que já na época passada este investidor tinha manifestado interesse. No entanto, “quando surgiram já a época estava a decorrer, e eu não ia mandar o Bruno Brito embora e o Nuno Casimiro, nem os jogadores”.

A proposta voltou, este ano, porque “um dos pressupostos para que as coisas pudessem voltar a acontecer era nós não descermos”. Assim, a proposta mantém-se em cima da mesa, e “isto faz com que possamos ter um bocadinho mais de liberdade, relativamente ao clube”, acrescentou Luís Salgueiro.

A proposta do investidor é que Luís Salgueiro fique agregado à equipa sénior. A equipa deverá contar com jogadores deste investidor, mas também do Sport Lisboa e Cartaxo, quer do plantel sénior quer da formação. O investidor ficará, também, responsável pela equipa técnica, pelo corpo clínico e massagistas. Os pagamentos de transportes, taxas de jogo, inscrições e à equipa ficarão a cargo do investidor, caso o negócio se concretize.

 

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