Já se iniciaram os trabalhos de reforço estrutural da Ponte Rainha D. Amélia, que liga os concelhos do Cartaxo e Salvaterra de Magos. A ponte mantém-se aberta à circulação, mas podem surgir condicionamentos pontuais.
A informação é da Infraestruturas de Portugal (IP), responsável pela intervenção que visa a proteção das fundações e a reabilitação dos pilares da Ponte rodoviária. “A intervenção, com um investimento de cerca de 1,7 milhão de euros e com um prazo de execução de 270 dias, visa reforçar as condições de integridade dos pilares da ponte e a proteção das suas fundações contra os efeitos da erosão provocada pela corrente do rio Tejo”, informa a IP, recordando que estes trabalhos foram definidos depois dos resultados da inspeção subaquática, o levantamento batimétrico e o Estudo Hidrológico e Hidráulico realizados no início de 2020, no trecho do rio Tejo onde se insere a ponte.
De acordo com a IP, a empreitada consiste, genericamente, na execução dos seguintes trabalhos:
– limpeza das superfícies dos pilares e encontros;
– selagem das juntas entre pedras de alvenaria dos pilares e encontros, com o refechamento com uma argamassa à base de cal hidráulica natural e inertes;
– proteção da base dos pilares, através do encamisamento adicional da base dos pilares com recurso a cofragens metálicas e microbetão submerso;
– substituição dos aparelhos de apoio sobre o pilar P13 e encontro E2.
O presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, João Heitor, congratula-se com o investimento que a IP vai concretizar na estrutura da ponte, por ser “um investimento na segurança de pessoas e de bens que os municípios há muito reclamam, esta intervenção é o cumprimento de uma obrigação da IP, de acordo com um protocolo que tem mais de duas décadas e cuja revisão se impõe”.
João Heitor sublinha que a Ponte Rainha D. Amélia “é uma peça central para o desenvolvimento económico de um território muito mais vasto do que os dois concelhos que une”, tendo uma “importância estratégica nacional pelo que representa para as empresas, em especial para o setor agrícola. Esta é uma ligação central para o desenvolvimento económico e para a sustentabilidade ambiental, ao permitir encurtar longos percursos rodoviários”, considera o autarca.
O autarca destaca, ainda, a necessidade de “continuarmos o trabalho conjunto com a administração central, para a revisão de um protocolo que tem mais de duas décadas e que limita a responsabilidade da IP à análise técnica dos relatórios enviados pelos municípios e às intervenções necessárias para a salvaguarda das fundações da ponte”.
O protocolo referido pelo presidente da Câmara Municipal do Cartaxo atribui aos municípios a responsabilidade global de manutenção da estrutura e vigilância permanente sobre o estado das fundações – à Câmara Municipal do Cartaxo cabe a monitorização da ponte através de levantamentos batimétricos regulares e de inspeção subaquática aos pilares da ponte, à Câmara Municipal de Salvaterra de Magos é responsável pelo levantamento topográfico do tabuleiro.
A empreitada, consignada no passado dia 28 de março, integra a proteção das fundações nos pilares P4 ao P12 da ponte rodoviária e das fundações nos pilares P4, P6, P8, P12, e do P14 ao P20 da ponte ferroviária.
A ponte mantém-se aberta à circulação, mas a IP não descarta a possibilidade de existirem “condicionamentos pontuais, que serão oportunamente divulgados”.
Foto: Infraestruturas de Portugal