Insegurança

Opinião de Sónia Parente, Psicóloga Clínica e Mestre em Psicologia Educacional

 

Insegurança, sentimento demolidor de todas as possíveis convicções que possamos ter, que invade o nosso pensamento e o bloqueia. Transforma toda a racionalidade em sentimento “à flor da pele”.

Diz a sabedoria popular que ao longo da idade as inseguranças vão passando, diz a psicologia que elas vão mudando ao longo da vida, encontram-se formas de lidar com inseguranças antigas mas frequentemente com a idade surgem novas com as quais temos de novamente aprender a lidar.

A insegurança pode ser generalizada ou podemos ser seguros numas áreas e inseguros noutras, por exemplo seguros no âmbito profissional e inseguros nas relações afetivas ou sociais ou vice-versa.

As pessoas inseguras têm dificuldade em adotar uma postura assertiva, ou seja, em assumir o que pensam e sentem de uma forma frontal e sincera e, por isso, uma enorme dificuldade em dizer “não”. Têm dificuldade em decidir pelo medo de falhar e pouca tolerância em relação aos próprios erros. Em grupo, ou tentam passar despercebidas ou esforçam-se continuamente por agradar a todos.

Em qualquer idade, a insegurança está relacionada com uma baixa auto-estima, mas como não existem super-seres humanos é natural que todos as tenham, mesmo que só confessadas para o próprio.

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A forma de lidar com as inseguranças é que vai depender em grande parte da auto-estima, desde os que se entregam a elas, paralisam e “bloqueiam”, aos que aprenderam a acalmar-se e a desdramatizá-las, especialmente utilizando o humor.
A auto-estima resulta da imagem de si próprio, do que a pessoa acha que é, das crenças acerca de si próprio, conscientes ou inconscientes, que podem envolver aspetos físicos e/ou psicológicos. Uma baixa percepção do seu valor como pessoa em determinadas áreas influenciará na falta de confiança em si mesmo e pode limitar, impedir ou atrasar algumas realizações.

Em consulta de psicologia é frequente as pessoas mais inseguras saberem “de cor” os seus defeitos/pontos fracos e terem dificuldades em identificar os seus pontos fortes/qualidades, que todos têm. Para combater a insegurança é importante valorizar os seus pontos fortes e acreditar verdadeiramente no seu potencial.

Achar que não é capaz, pensamentos e sentimentos negativos acerca de si que criam desconforto perante determinadas situações, podem ser derrotados através da capacidade de imaginar-se bem sucedido nessas situações e não de prever tudo o que pode correr mal.

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