“Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia.”
Arthur C. Clarke.
Isto pode-se aplicar a muitas das tecnologias que hoje nos rodeiam, se as víssemos há 50 anos. Ao longo desses 50 anos, assistiu-se a um salto gigantesco nas capacidades da tecnologia e das máquinas, sobretudo nas máquinas que se banalizaram deste então, os computadores.
Falar para um telefone e este responder? Magia? Não, Siri, Cortana, Ok Google.
Chamadas com voz e vídeo em tempo real? Facetime, Skype, Hangouts.
Carros sem condutor? Google Self-driving Car. Os exemplos não ficam por aqui, claro.
O que não mudou, no entanto, foi o medo das máquinas e do que estas podem fazer. De “War Games” ao último Teminator, o homem sempre receou que a sua criação o ultrapassasse e acabasse com ele. Sempre existiu um equilíbrio difícil entre as potencialidades das máquinas e a sua capacidade de substituir o homem. A diferença residiu sempre na moral e na capacidade de julgar, não na capacidade de fazer.
No entanto, partia-se do princípio que as máquinas eram programadas. Esse princípio é cada vez mais posto em causa, pois as máquinas (os computadores) possuem cada vez mais uma capacidade de aprendizagem que dispensa a ação humana na sua “programação”.
Não está ninguém do lado de lá do telefone a responder. É uma máquina que ouve, reconhece e transforma as palavras em questões com sentido. E quantas mais responde, mais aprende.
No “2001”, o HAL lê nos lábios, sente-se ameaçado e responde à altura. Tenta escapar à execução, com desculpas. Tudo atitudes humanas.
Não será isto o que o futuro nos reserva, decerto, mas sim coisas como o aspirador Romba, ou como o de Frank e o Robot
Pelo menos prefiro.
https://www.youtube.com/watch?v=ZrLPcXZZ1Ac – Franke e o Robot
http://content.jwplatform.com/previews/2x3Kk8fL-ERPbx32c – Toyota Human Support Robot
https://www.youtube.com/watch?v=9Hn9Z9PrSt8 – Geminoid F