Inteligência 2.0

Opinião de Rafael Teixeira

“Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia.”

Arthur C. Clarke.

 

Isto pode-se aplicar a muitas das tecnologias que hoje nos rodeiam, se as víssemos há 50 anos. Ao longo desses 50 anos, assistiu-se a um salto gigantesco nas capacidades da tecnologia e das máquinas, sobretudo nas máquinas que se banalizaram deste então, os computadores.

Falar para um telefone e este responder? Magia? Não, Siri, Cortana, Ok Google.

Chamadas com voz e vídeo em tempo real? Facetime, Skype, Hangouts.

Carros sem condutor? Google Self-driving Car. Os exemplos não ficam por aqui, claro.

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O que não mudou, no entanto, foi o medo das máquinas e do que estas podem fazer. De “War Games” ao último Teminator, o homem sempre receou que a sua criação o ultrapassasse e acabasse com ele. Sempre existiu um equilíbrio difícil entre as potencialidades das máquinas e a sua capacidade de substituir o homem. A diferença residiu sempre na moral e na capacidade de julgar, não na capacidade de fazer.

No entanto, partia-se do princípio que as máquinas eram programadas. Esse princípio é cada vez mais posto em causa, pois as máquinas (os computadores) possuem cada vez mais uma capacidade de aprendizagem que dispensa a ação humana na sua “programação”.

Não está ninguém do lado de lá do telefone a responder. É uma máquina que ouve, reconhece e transforma as palavras em questões com sentido. E quantas mais responde, mais aprende.

No “2001”, o HAL lê nos lábios, sente-se ameaçado e responde à altura. Tenta escapar à execução, com desculpas. Tudo atitudes humanas.

Não será isto o que o futuro nos reserva, decerto, mas sim coisas como o aspirador Romba, ou como o de Frank e o Robot

Pelo menos prefiro.

https://www.youtube.com/watch?v=ZrLPcXZZ1Ac – Franke e o Robot

http://content.jwplatform.com/previews/2x3Kk8fL-ERPbx32c – Toyota Human Support Robot

https://www.youtube.com/watch?v=9Hn9Z9PrSt8 –  Geminoid F


 

Isuvol
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