A Infraestruturas de Portugal (IP) está a terminar o projeto de execução para a reabilitação da Ponte Rainha Dona Amélia, que liga os concelhos do Cartaxo e de Salvaterra de Magos.
O anúncio foi feito esta segunda-feira durante uma visita dos deputados socialistas eleitos por Santarém à Assembleia da República, António Gameiro e Hugo Costa, ao local.
Segundo Vítor Sequeira da IP, este projeto deverá estar concluído até ao final deste mês de setembro, podendo avançar o concurso público para a sua adjudicação e posterior execução.
Os problemas da ponte já não são novos, desde logo, pelas diferentes interpretações dos dois protocolos existentes a este propósito, assinados em 1984 e 1996, que levaram a que, durante muito tempo, ninguém se entendesse quanto a quem deveria fazer as manutenções e reparações e onde. Agora, com vista a ultrapassar estas dificuldades, “estamos a trabalhar, Câmara do Cartaxo e Câmara de Salvaterra, para apresentar uma proposta para que, no futuro, não possa haver duas leituras em relação a este documento”, disse Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Cartaxo, acrescentando que “as leituras que hoje são consensuais, ao nível das responsabilidades da manutenção da ponte é que aquilo que respeita ao tabuleiro para cima é dos municípios; do tabuleiro para baixo é da responsabilidade do IP, independentemente de as câmaras assumirem responsabilidades em relação à monitorização”.
Neste momento, a maior preocupação é a necessidade de intervenção nos pilares. “O conjunto de relatórios que temos feito tem apontado para deficiências ao nível dos pilares e dos aparelhos”, realçou o autarca.
O presidente da Câmara de Salvaterra de Magos, Hélder Esménio, apontou a utilização indevida da ponte, “a par de um ligeiro desvio na sua diretriz, tem causado graves problemas de conservação da ponte”, o que tem causado “um sobre-encargo financeiro às câmaras municipais para o qual nós não estamos preparados”.
O deputado António Gameiro destacou a importância desta ligação para os dois concelhos e para toda a Lezíria, já que “o sucesso do setor agrícola passa por esta ‘nova vaga’ de capacidade produtiva, de crescimento económico, e esta ponte, nestes dois concelhos agrícolas, tem a importância estratégica que tem”.