A JSD Cartaxo enviou uma carta ao presidente da Câmara Municipal do Cartaxo e seu executivo sobre as obras anunciadas e “urgentes” na Escola Secundária do Cartaxo, nomeadamente questionando sobre o que foi feito este ano para dar início à sua execução.
“O assunto desta carta remete-nos a 2016”, diz a missiva da Juventude Social Democrata do Cartaxo dirigida ao executivo camarário, ano que, lembra, “estava previsto que a Câmara Municipal do Cartaxo investisse cerca de 150 a 200 mil euros nas obras de requalificação da Escola Secundária do Cartaxo”. Depois disto, lê-se na carta, assinada pelo presidente da JSD Cartaxo, Bruno Galaio, um desfiar de acontecimentos, desde então, nomeadamente com a visita da então secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão, à Escola Secundária do Cartaxo, em 2017, que anunciou o início das obras em 2018, ano em que, segundo a Câmara, uma equipa multidisciplinar terá iniciado o processo das obras um investimento total superior a um milhão de euros, valor financiado a 85 por cento por fundos comunitários, com os restantes 15 por cento a serem repartidos pelo Ministério da Educação e pela Câmara Municipal do Cartaxo. Um ano depois, em julho de 2019, lembra a JSD, era notícia que a Câmara celebrava “um acordo de colaboração com Alexandra Leitão”, em que “a Câmara desembolsaria 115 mil euros – os respetivos 7,5% previstos em 2018”.
“Dois acordos redundantemente assinados e praticamente iguais, com esporádicas promessas vazias. Quatro anos depois, chegamos a 2020 ainda sem as ditas obras realizadas”, observa a JSD, lembrando que, também conforme foi noticiado, havia “problemas ao nível da construção que revelavam ser urgentes” e frisando que, aquando da sua visita à Secundária do Cartaxo, no início deste mês de dezembro, “percebemos também que no levantamento feito pelas escolas da Parque Escolar, esta era a pior da lista requerendo intervenção urgente”.
Os jovens sociais-democratas do Cartaxo mostram-se ainda preocupados com os prazos de execução dos fundos comunitários: “se não forem cumpridos, a verba deixa de estar disponível” e, “atendendo ao tempo que o processo se arrasta, esta preocupação é relevante, estando em jogo a perda da oportunidade de renovar a Escola Secundária do Cartaxo”.
Estranhando “a falta de concretização desta tão desejada intervenção na Escola Secundária pelo corpo diretivo do agrupamento e pelos alunos que todos os dias a frequentam”, na missiva a JSD Cartaxo diz querer “saber concretamente quais os avanços feitos neste processo relativamente a este ano de 2020 e por quem foram feitos”, assim como “gostaríamos de ver a Câmara ocupar um papel persuasivo para a execução destas obras, que percebemos em conversa com a direção do agrupamento, ainda não terem data prevista para ser lançada a concurso publico”.
Tal como já foi anunciado em outubro de 2020, “o financiamento para a Escola Secundária do Cartaxo está assegurado”, estando esta intervenção prevista no orçamento municipal para 2021, mas, recorda a JSD, “já estaria em 2018, segundo o prometido pela camarada de partido do executivo camarário, Alexandra Leitão, em 2017”.
“Este incumprimento reflete a falta de influência e incapacidade de realização da Câmara Municipal gerida pelo Partido Socialista. Parece-nos que o tema só vem a público em alturas eleitorais”, observa a JSD Cartaxo, garantindo “fazer o que o executivo municipal tem sido incapaz de fazer – questionar o assunto na Assembleia da República, através dos deputados do PSD Distrital de Santarém”.