Juntos Pela Mudança promove debate com comerciantes

Jorge Gaspar, cabeça de lista à Câmara Municipal do Cartaxo, adiantou que a candidatura pretende “ouvi-los e construir convosco as nossas propostas de programa eleitoral”

 

A candidatura da Coligação Juntos Pelo Mudança (PSD e Nós, Cidadãos) desafiou os comerciantes do Cartaxo para uma reunião de trabalho, que decorreu no Auditório Municipal da Quinta das Pratas, na noite de terça-feira, 30 de maio.

Mais de duas dezenas de comerciantes responderam à chamada. O objectivo desta reunião de trabalho era “debater e discutir as perspetivas e sugestões dos interessados diretos nos setores do comércio e serviços, apresentando, igualmente, algumas das ideias e propostas da coligação Juntos Pela Mudança para recuperar, revitalizar e dinamizar o Cartaxo neste âmbito”, adiantava a candidatura em comunicado.

Jorge Gaspar, cabeça de lista à Câmara Municipal do Cartaxo, adiantou que a candidatura pretende “ouvi-los e construir convosco as nossas propostas de programa eleitoral”, acrescentando que existem já alguns projectos que estão a ser trabalhados. “Nós não vamos trazer aqui nenhuma ideia fechada, nenhum projecto fechado. Trazemos ideias assertivamente delineadas mas, naturalmente, isto não é ‘chave na mão’ e, portanto, nada melhor do que falar com quem tem de as aplicar no terreno”, esclareceu.

Considerando que a solução “para os graves problemas que o nosso concelho atravessa tem de vir do lado da economia”, Jorge Gaspar destacou a importância da revitalização da economia local e a captação de investimento como motores da resposta que é necessária, “até porque entendemos, infelizmente, que o problema do nosso concelho não é um problema de hoje”, e que acabou por se refletir no recurso ao FAM (Fundo de Apoio Municipal), que obriga à minimização da despesa e à maximização da receita.

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Disse Jorge Gaspar que para minimizar a despesa sem comprometer ainda mais o serviço público e maximizar a receita sem asfixiar ainda mais os empresários e a população “só temos um caminho, que é seguir um programa paralelo”. O objectivo deste programa é ir criando riqueza “que nos permita, com o passar dos anos, ir amortizando, ir jogando com o programa, e sairmos desta asfixia financeira”.

Assim, a Coligação tem já delineadas algumas medidas, tais como a criação de um fundo de apoio à economia local, que resulte de parte das taxas municipais pagas pelos comerciantes e empresários, porque “nós entendemos que parte dessa receita que é gerada para os cofres do Município deve ser, em parte, devolvida para a economia local”. O objetivo é que este fundo reverta em favor de um programa de apoio à economia local, “que nós, internamente, chamamos Cartaxo Com Vida”, que promova iniciativas, “que não são desenhadas pela Câmara Municipal”, que deve apoiar os agentes económicos, “mas têm de ser estes a saber o que é melhor para si e para a sua actividade”, acrescentou. Este fundo “deve ser igualmente financiado por uma percentagem do estacionamento pago”.

Outra medida é a criação de uma agência, não no âmbito da Câmara Municipal, “que desempenhe, simultaneamente, dois papéis: por um lado, que procure bons projetos, e com projectos temos a capacidade de ir buscar financiamento em inúmeros programas, mas que também desempenhe um segundo papel, de incubação de empresas”.

Seguiu-se um período de debate, no qual os comerciantes colocaram algumas questões, como o problema da inexistência de uma associação de comerciantes, como é que se vai captar investimento e desenvolvimento, a falta de competitividade fiscal do concelho, ou a necessidade de adaptar os horários de funcionamento dos estabelecimentos comerciais ou da oferta aos clientes.

Nesta sessão, a coligação assumiu, ainda, “que a reabertura do eixo central é absolutamente fundamental para devolver vida à cidade”, referindo-se ao troço da Estrada Nacional 3 que foi encerrado pelas obras do Parque Central.

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