Não Pagamos! Não Estudamos!

Opinião de Gonçalo Gaspar

Com a entrada “assaltante” do novo Governo em Portugal, temos vindo a assistir a um rasgar de conceitos como a responsabilidade, a democracia, o sentido de estado e, acima de tudo, o respeito pelas pessoas e pelas instituições.

Têm sido avassaladores os primeiros meses de governação do atual executivo no que diz respeito à destruição do esforço coletivo que um país fez para poder voltar a ergue-se, onde reconquistou o amor próprio e respeito dos parceiros externos.

Todos os quadrantes políticos, com exceção dos radicais, afirmam constantemente e de forma acertada que as reformas feitas no país devem ter o seu tempo de maturação, de pelo menos uma década, bem como para assegurar uma previsibilidade e confiança a todos os sectores sociais e económicos no desenvolvimento das suas atividades. É daquelas regras que foram violadas por todos!

Nos últimos quatro anos foi executado um conjunto de reformas, algumas delas por via da imposição externa, uma vez que os sucessivos governos não tiveram a coragem política de as executar em nome do país.

Não devemos criticar a nomeação de um governante com base na sua idade ou mesmo experiência política porque, em alguns casos, aparecem boas surpresas. O caso do novo Ministro da Educação enquadra-se na primeira parte da “opinião” acima descrita, mas em tão pouco tempo revelou-se ser uma surpresa desagradável para a comunidade educativa em Portugal.

Na primeira audição do Ministro da Educação, na Assembleia da Republica, este beneficiou da oportunidade de apresentar o projeto que ele e o governo têm para a educação em Portugal. Dos atos, já percebemos que tudo o que foi feito anteriormente de bem e de mal, já está ou estará, em breve, revogado e logo aqui percebemos bem ao que vem este ser estalinista e não estadista.

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Referências como “os professores portugueses apenas treinam os alunos para os exames em vez de os ensinarem” ou “o modelo anterior, dos exames, não estava só errado, era acima de tudo nocivo: treinar para os exames é pernicioso e nocivo”, acrescentando a estas declarações termina a meio do ano com exames previstos no início do mesmo ano lectivo, desrespeitando o trabalho dos professores e dos alunos, na preparação dos mesmos.
Esta situação sinto-a como uma desconsideração para todos os professores e alunos, desclassificando-os para um nível inferior nunca visto!

Toda esta situação se torna ainda mais estranha, uma vez que terá sido através do esforço, da dedicação, da responsabilização e do “CULTO DA NOTA” que este senhor fez toda a sua carreira académica dentro e fora do país (provavelmente com mais exigência fora).

A legítima questão que se coloca é saber se o Ministro da Educação tem um pensamento claro para a educação em Portugal ou se é apenas mais uma marioneta deste governo ao serviço da esquerda radical.

É desejável que a série produzida pelo Partido Socialista do “Não Pagamos” não tenha uma segunda temporada sob a epígrafe do “Não Estudamos”.


 

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