Foi no dia 11 de fevereiro de 1990 que Nelson Mandela foi libertado, depois de passar 28 anos preso pela sua luta contra o apartheid.
Símbolo da luta da população negra contra o racismo tornou-se o prisioneiro mais famoso do mundo. Foi uma viragem histórica na África do Sul quando o então chefe de governo Frederik Willem de Klerk anunciou, em 2 de fevereiro de 1990, a libertação de Nelson Mandela, preso por sempre reivindicar direitos e uma melhor a qualidade de vida para a maioria negra oprimida pelos brancos no país.
Nelson Rolihlahla Dalibhunga Mandela nasceu a 18 de julho de 1918. Estudou Direito na universidade para negros de Fort Hare, mas foi expulso por liderar uma greve estudantil. Em Joanesburgo, estagiou num escritório de advocacia e fez um curso de Direito por correspondência. Em 1942, graduou-se pela Universidade de Pretória.
Em 1952, Mandela abriu o primeiro escritório de advocacia para negros de Joanesburgo, uma ousadia tremenda, num país em que o regime diminuía a cada dia os direitos da população de cor. Em 1960, no decorrer de uma grande manifestação em Shaperville, morreram 69 pessoas e centenas ficaram feridas, em confrontos com a polícia e o governo decretou a prisão de vários militantes, entre os quais Nelson Mandela.
A partir de então, conseguiu fugir e sair do país para conseguir apoios para a sua causa, mas voltou a ser detido, já depois de regressar à África do Sul, e, mais tarde, seria condenado a prisão perpétua pela organização e participação em protestos.
Ao assumir o governo em 1989, Frederik de Klerk reconheceu a inevitabilidade de certas reformas, para que o país não submergisse na guerra civil e no caos, cancelando a interdição do Congresso Nacional Africano (ANC), revogou algumas leis racistas e libertou Nelson Mandela. Nas primeiras eleições democráticas em 1994, o ANC ganhou com 60 por cento dos votos e Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul, cargo que ocupou até 1999. Em 1993, ele e Frederik de Klerk receberam o Prémio Nobel da Paz “pelo seu trabalho em prol da conciliação e pela sua coragem e integridade”.