António Gaspar traz-nos as ‘Notas da quinzena’, relativas ao período de 16 a 30 de Setembro de 2016, onde avalia a atualidade do concelho, do Desporto à Cultura, passando pela Política, entre outros, e atribui notas que vão do Muito bom a Mau
Muito bom (18 a 20 valores)
Policia de Segurança Pública
Terminou a época de férias. Mas enquanto durou, a PSP do Cartaxo manteve-se em actividade na vigilância de casas de habitação enquanto os seus proprietários gozavam as suas merecidas férias. O resultado foi grande êxito na prevenção de furtos em residências. Manteve discreta mas apertada vigilância aos estabelecimentos comerciais encerrados para férias. Iniciou-se o novo ano escolar e a PSP mantém em actividade o projecto “escola segura”, o qual garante preventivamente a segurança da comunidade escolar, bem como a repressão ao tráfico de droga no exterior da escola. Em matéria rodoviária, a PSP tem revelado bons resultados na repressão ao crime rodoviário, sobretudo condução de veículos em estado de embriaguez e condução sem habilitação legal. Afinal não são só multas de trânsito. Merecem muito boa nota – 18 valores.
Bom (14 a 17 valores)
Cultura
Mostra de artes e ofícios levou artesanato e folclore ao Mercado Municipal, constituindo acontecimento cultural de grande relevo. Tradição e património foram expostos com vista à manutenção cultural, mas também na procura de um alcance económico. Salientamos a presença de muitos jovens artesãos, bem como elementos activos nos ranchos folclóricos. No plano da tradição e da cultura, a actividade dos ranchos folclóricos passa pelo associativismo e pelos apoios que possa ter num futuro próximo. No plano económico, o artesanato na vertente das profissões tradicionais que ainda sustentam economicamente pessoas e famílias, necessita de visibilidade pela promoção nos grandes mercados e consumidores. Esta mostra deveria ser realizada em Lisboa, que está apenas a 60 Km de distância, com apoio da Câmara Municipal. Merece nota de bom – 15 valores.
Desporto
A II Corrida das Vindimas mobilizou centenas de pessoas, alguns atletas e muitos amantes do atletismo, da caminhada e dos desportos de mobilidade física. Conseguida iniciativa da Câmara que constituiu grande manifestação popular de divulgação das actividades físicas que procuram influenciar hábitos de manutenção física para melhoria da saúde, através da corrida e da caminhada pedestre. A vindima como tema temporal mostra-se ajustada à iniciativa, mas de reduzida divulgação. As vindimas no Cartaxo merecem um quadro de iniciativas mais alargado que deverá passar pelas vinhas, adegas e quintas do concelho. Contudo nota muito positiva – 14 valores.
Suficiente (10 a 13 valores)
Espaços verdes
Avenida Calouste Gulbenkian, Rua de São Francisco às Várzeas, pequeno jardim da Praça 15 de Dezembro, Quinta das Correias, algumas rotundas e pequenos espaços públicos foram intervencionados pelo serviço camarário no sentido de serem cortadas as enormes e secas ervas e mato que nelas cresceram durante longos meses, senão anos. Recuperação apenas o pequeno jardim da Praça 15 de Dezembro. Quanto aos demais espaços continuam amarelos, na esperança de que o verde seja a sua cor num futuro próximo. Nota positiva mínima – 10 valores.
Medíocre (6 a 9 valores)
Poder local
Propor, discutir e votar, em Assembleia Municipal, matérias já analisadas, discutidas e aprovadas, em devido tempo (extinção e agregação das freguesias) e que actualmente se revelam, aos olhos de todos como extemporâneas, sem interesse actual e de importância desajustada às muitas necessidades prioritárias, é pura perda de tempo e gasto de energias necessárias para as urgentes e fundamentais causas que os eleitos municipais devem, podem e estão obrigados a analisar, discutir e votar. Não estamos em tempo de discussões fúteis por desnecessárias e inadequadas no tempo. Nota negativa – 7 valores.
Mau (0 a 5 valores)
Impostos
Por estar sujeito ao PAEL (Programa de Apoio à Economia Local) e ao FAM (Fundo de Apoio Municipal), o Cartaxo está obrigado a cobrar o IMI à taxa máxima. Por decisão do Governo, em 2017 a taxa máxima do IMI baixa para 0,45 por cento, podendo os municípios sob assistência manter a taxa de 0,50 por cento, desde que a decisão seja devidamente fundamentada. No Cartaxo não necessita de fundamentação por evidência das dificuldades e necessidades financeiras, mas em tempo próximo de eleições há quem queira aderir à decisão do Governo e se esqueça que tem uma enorme dívida para pagar e os impostos para baixar. Mau – 5 valores.