“O asfalto é sem dúvida a maior prioridade para 2023”

“Ser do Cartaxo é bom e temos de trabalhar todos em comunidade para que isso aconteça”, estas são palavras de Pedro Reis, Vice-Presidente da Câmara Municipal do Cartaxo na entrevista que deu ao Jornal de Cá. O departamento do urbanismo, a pavimentação, as obras na Serpa Pinto e na Praça 15 de Dezembro, o estacionamento pago, as legalizações das instalações das associações, a recolha dos resíduos urbanos e as ambições para este mandato são alguns dos temas que abordámos.

Em finais de novembro, fomos até aos Paços do Concelho, ao encontro de Pedro Reis, vice-presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, para esta entrevista que pode ver na integra no vídeo e que foi publicada na edição de dezembro do Jornal de Cá.

As questões sobre o urbanismo dominaram a nossa conversa (o urbanismo é um dos pelouros que tem a seu cargo), sobretudo pelas obras que já foram anunciadas e das que já estão a acontecer.

No primeiro ano de mandato, deparou-se com mais de 1700 processos pendentes nos serviços de urbanismo do município. “Era um departamento à deriva”. Entretanto, deu que falar pela remodelação que fez nos serviços municipais, lançou a plataforma digital e o balcão de atendimento.

Segundo o vice-presidente, quando o novo executivo chegou à Câmara Municipal do Cartaxo o principal problema estava no departamento do urbanismo. Com mais de 1700 processos em atraso, este departamento não era capaz de responder em tempo útil e ia acumulando os processos. Começaram por “limpar a casa”, fazer um ponto de situação e definir prioridades. Um ano depois, além de passarem a responder aos requerentes em 30 a 60 dias foram respondendo aos processos antigos, de forma a conseguirem ir baixando aquele número acentuado. “Faço um saldo positivo pois neste último ano conseguimos dar vazão a pelo menos 400 ou 500 destes processos antigos que estavam pendentes”, afirma Pedro Reis.

“Eu acredito que os problemas do nosso Município vão ser em grande parte resolvidos com a criação de riqueza feita pelas empresas que se querem fixar no nosso concelho”, considera o autarca. Contou-nos que no último ano têm tido uma enorme procura de empresas e investidores que querem fixar cá o seu negócio, porque o Cartaxo tem cada vez mais uma posição geográfica privilegiada devido à pressão imobiliária que se está a sentir na região de Lisboa. “Não consigo garantir que a infraestruturação de pelo menos uma fase do Casal Branco esteja pronta para 2023, mas obviamente que estão criadas as condições de pelo menos em 2023 ser lançada a empreitada para essa infraestruturação”, garante Pedro Reis.

Outro dos focos do seu trabalho tem sido ajudar as associações do concelho a legalizar as suas instalações, Pedro Reis, considera que “o movimento associativo, deixou de contar com o apoio do Município há muitos anos”.

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Quanto à requalificação da praça 15 de Dezembro vai acontecer, porque “é um procedimento relativamente simples”, garante o autarca. A requalificação deste espaço vai basear-se na criação de sombras através de sistemas de canteiros.

Os resíduos urbanos continuam a fazer parte de um dos problemas a nível de todo o concelho. “o problema essencial é a falta de civismo”, frisa o vice-presidente, e lembra que o Município do Cartaxo tem um serviço que basta telefonar e agendar a recolha dos monos em casa. “Quem comete esse tipo de delitos, devia ser penalizado de forma dura através de coimas, está previsto, mas tem de ser apanhado em flagrante delito e, portanto, é uma situação que não é fácil”, ainda assim Pedro Reis acredita que com campanhas de sensibilização e aviso no sentido das coimas talvez as pessoas se possam tornar mais conscientes para este problema.

Sobre o parque subterrâneo explica-nos que o parque não está devidamente homologado para se proceder à cobrança da utilização, uma vez que existem um conjunto de infraestruturas que lá estão e que não cumprem a legislação em vigor para poderem taxar.

“O mobiliário urbano é um dos nossos cartões de visita, tal como a limpeza dos jardins, das rotundas”, o vice-presidente acredita que estas são coisas básicas a que o Município deve corresponder na gestão do seu território.

“Falamos demasiado dos partidos, estes não são um fim para nada, o que nos interessa é termos capacidade de responder às pessoas e gerir os dinheiros públicos da melhor forma possível”, frisa Pedro Reis.

No que diz respeito às obras que estão a decorrer na rua Serpa Pinto, refere que, quando lá chegaram, para uma boa gestão ou faziam a obra e resolvia-se o problema hidráulico daquela zona ou devolvia-se o milhão de euros e não se fazia a obra.

Outra das grandes prioridades da Câmara Municipal do Cartaxo para 2023 será a pavimentação. Pedro Reis admite que é um dos principais problemas no concelho do Cartaxo, “não há um quilómetro que façamos, em que não se encontre um buraco ou um declive no pavimento”, reconhece o vice-presidente.

Sobre o futuro confessa-nos que tem a ambição que as pessoas daqui a três ou quatro anos tenham uma perspetiva totalmente diferente do Cartaxo e que também reconheçam que “ser do Cartaxo é bom e que por um futuro melhor temos de trabalhar todos em comunidade”.

Isuvol
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