‘O fim do mundo’ é a segunda longa-metragem de Basil da Cunha, cuja ação é passada no bairro da Reboleira, nos arredores de Lisboa e vai ser exibido esta sexta-feira, 11 de fevereiro, às 21h30, na sala de cinema do Centro Cultural do Cartaxo.
Filme dramático escrito e realizado pelo luso-suíço Basil da Cunha, selecionado para competir no Festival de Locarno, na Suíça, e que venceu o prémio de Melhor Longa-Metragem Portuguesa na edição de 2020 do Festival IndieLisboa.
Depois de passar oito anos numa casa de correcção, o jovem Spira, de 18 anos, regressa a sua casa, na Reboleira, um bairro de lata nos arredores de Lisboa. Aí, reencontra a família, a casa e os amigos de infância. Entretanto, já homem, é com outros olhos que ele observa a Reboleira, a terra onde cresceu.
Há muita coisa que continua igual. Os seus amigos, Chandi e Giovani, acolhem-no e pretendem reintegrá-lo nos seus pequenos negócios. As paródias e os mexericos continuam a marcar o ritmo nos habitantes do bairro.
Mas nada é imutável e mesmo a Reboleira não está a salvo de mudanças. Os homens foram trabalhar para a Alemanha ou para o Luxemburgo, deixando atrás de si as famílias. As raparigas tornaram-se mulheres, como a bela Iara, por quem Spira se apaixona.
O próprio Giovani sonha marcar posição na hierarquia dos dealers que importam o produto. E isso, antes que as retroescavadoras acabem de destruir o bairro por decretos municipais…
“Aqui não há miséria, só há dificuldades”, é o que se diz na Reboleira. Para Spira, a principal dificuldade chama-se Kikas, o velho traficante do bairro que parece decidido a fazer-lhe saber que não o considera bem-vindo.