Para onde foi o Inverno que parecia ter tirado férias?
Quer queiramos quer não, uma vez chegados a esta época do ano não conseguimos ficar indiferentes às agruras do Inverno. Estamos num tempo nebuloso, chuvoso e soprado pelos ventos do sul e do norte com trovoadas e “pancadas” de chuva.
Ainda há pouco mais de duas ou três semanas, tínhamos um tempo de Verão e agora o termómetro só muito raramente se aventura para além dos 15/17 graus centígrados.
É tempo de vento constante, seco e áspero. O corpo pede aconchego diante do frio. Confesso-vos, não gosto do frio nem da chuva.
Quando nos vestimos no Inverno, só pensamos que temos que estar protegidos do frio.
Até o guarda-roupa não proporciona uma infinidade de opções como na Primavera ou Verão, caindo um pouco na monotonia na hora de vestir. Se calhar, o visual não é tão interessante com as temperaturas tão baixas, apesar de muita gente dizer que é nesta época do ano que as pessoas ficam mais bonitas. Também acho!
E o nosso corpo como se comporta com o frio?
Todos sabemos que precisamos de manter a temperatura corporal para funcionarmos bem.
Ora, para a mantermos necessitamos, para além da roupa, da energia dos alimentos. Logo comemos mais e se comemos mais, a tendência para engordar é maior, o que é uma chatice.
Depois, bem depois, a preguiça começa a estar mais presente e aparece aquela sensação de sonolência e cansaço, sendo mais difícil sair de casa pela manhã. O nosso metabolismo fica mais lento.
Regra geral, o mau humor também é mais frequente nesta época, particularmente para aqueles que são e estão sempre “azedos” e a quem, nem o frio congela o mau feitio. Estes vivem permanentemente no Inverno, transportando sobre os seus ombros o peso de nuvens escuras carregadas de raios, coriscos e más energias.
Na Natureza, bem como nas nossas vidas, o Inverno chega sempre.
Mas, depois do recolhimento do Inverno e por mais rigoroso e agreste que seja, por cada dificuldade ou problemas que transporte, tudo se dissipa com a chegada da Primavera. Esta irá trazer uma força renovada às nossas vidas e tudo vai parecer mais luminoso e vivo outra vez.
Até lá…
Crónica publicada na edição de dezembro do Jornal de Cá.