Hoje já foram poucos os peregrinos que se viram passar pelo Cartaxo em direção a Fátima. A maioria já se encontra no Santuário, onde este ano se celebra o Centenário das Aparições, para ver o Papa e assistir à canonização de Francisco e Jacinta
Francisco será o quarto Papa a visitar Portugal, sendo esta uma visita de grande importância para a maioria dos portugueses, como revela um estudo do Instituto Português de Administração de Marketing (IPAM). O Papa chega esta sexta-feira (12), por volta das 17h30, e fará um percurso de cerca de quatro quilómetros numa viatura aberta, visitando depois a Capelinha das Aparições, onde, às 21h30, se procederá à Bênção das Velas, recitação do Santo Rosário e procissão das velas. A visita do Papa não ultrapassará as 24 horas no nosso País, presidindo, no dia 13 de maio, às 10h, à concelebração da Missa no Recinto do Santuário, durante a qual vai proferir a homilia e realizar a canonização de Francisco e Jacinta.
Estima-se que nestes dias estejam presentes centenas de milhares de pessoas no Santuário e nas imediações do recinto, que contará com vários ecrãs gigantes para que todos possam assistir às celebrações do Centenário de Fátima, assim como ver o Papa.
O estudo do IPAM sobre Hábitos Religiosos da População Portuguesa & o Papa Francisco, revela que a maioria dos portugueses considera que o primeiro Papa Jesuíta da história tem realizado um excelente trabalho pastoral, avaliando-o como revolucionário e inovador.
“O Papa é um sinal de esperança e um sinal de paz”, diz-nos o padre Arlindo, da Paróquia do Cartaxo. “O Papa, para a Igreja Católica, é sinal de unidade, é o princípio da unidade de todas as igrejas. E é engraçado como este Papa é visto como a unidade dos povos. Uma novidade que eu notei na visita que o Papa fez ao Egito. A expressão mais comum nesta viagem, no final de abril, foi: Tu és um sinal de paz”, conta o padre que está “ansioso por chegar” a Fátima, este ano, onde ficará no meio da multidão. “Confesso que estou muito contente por ir a Fátima e participar no Centenário das Aparições”, diz o padre que vai lá estar na sexta-feira e no sábado, indo em peregrinação com um grupo de 12 pessoas, “a pé, mas vou da minha terra”, no concelho de Torres Novas.
“Daqui do Cartaxo têm ido muita gente, foi por isso que não se organizou nenhuma peregrinação da Paróquia, porque há muito grupos formados. Há três semanas foram quatro grupos, um dos quais tinha 30 pessoas, há 15 dias tenho conhecimento de dois grupos. Pessoas que evitaram o dia 13. Esta publicidade toda foi muito dissuasora nesse sentido: muita gente, muita confusão…”, ainda assim, segundo o padre do Cartaxo, este ano, “as pessoas não querem ficar em casa, querem participar ativamente neste momento. Quem está a ir está a ir com muito gosto desta vez”.