A candidatura do Fandango a Património Imaterial da Humanidade pode ajudar, e muito, o turismo na região, e o Cartaxo se articulado com a restante região pode beneficiar desta candidatura por várias razões além da sua… Opinião de Pedro Mendonça
Nestes últimos anos o Turismo tem ajudado Portugal a sobreviver à crise financeira mundial, que chegou em 2008 e que tarda em passar. Como exemplo, e segundo o jornal Público, o nosso país tem ultrapassado a fasquia dos mil milhões de euros em receitas todos os meses.
O Turista do século XXI procura a “experiência autêntica” local, a gastronomia e o património histórico. Se pensarmos e trabalharmos regionalmente, o Ribatejo pode ter uma boa oferta articulada que faça com que o turista durma e coma na região, aumentando receitas e que permita aos agentes de turismo organizar viagens de forma mais organizada, célere e rentável.
Hoje vão muitos turistas a Tomar ver o Convento de Cristo, mas é triste ver os autocarros a entrarem e saírem deste monumento sem porem os pés na cidade, sem gerarem dinâmica económica. Também muitos turistas brasileiros procuram o túmulo de Álvares Cabral em Santarém e ficam estupefactos por não existir uma oferta organizada.
A possível candidatura do Fandango a Património Imaterial da Humanidade pode ajudar, e muito, o turismo na região, e o Cartaxo se articulado com a restante região pode beneficiar desta candidatura por várias razões além da sua situação geográfica.
Se nos afirmarmos também como terra de Fandango e conseguirmos alimentar esta procura turística da dita “experiência autêntica”, por via do fandango e da tradição, podemos ser a entrada dos percursos turísticos na região. É um belo passeio visitar Valada, assistir a um fandango à beira-tejo com repasto regional e passeio no Tejo, ir até Santarém, dormir e zarpar para Tomar. E já não falo no estúdio do Relvas, na Golegã, ou na Casa dos Patudos, em Alpiarça.
Sozinhos nada conseguiremos, articulados regionalmente podemos, apesar do pouco património concelhio, por via do Fandango e de outras tradições, apanhar boleia do fluxo turístico que acontecerá inevitavelmente no Ribatejo.