Nunca é cedo demais para prevenir, nem tarde demais para tratar a osteoporose. Em Portugal, esta doença óssea é a causa de dezenas de milhar de fracturas, por ano.
A osteoporose é uma doença óssea sistémica, (generalizada a todo o esqueleto), caracterizada pela diminuição da densidade mineral óssea e alterações da microarquitetura e da resistência ósseas, causando o aumento da fragilidade óssea e, consequentemente, o risco de fraturas. Se não for prevenida precocemente, ou se não for tratada, a perda de massa óssea vai aumentando progressivamente, sem se manifestar, até ocorrer uma fratura. De acordo com a Direcção Geral da Saúde, a osteoporose causa, anualmente, em Portugal, 40 mil fraturas.
Esta é uma doença que atinge, mais frequentemente, a população idosa, mas muito embora seja mais frequente nas mulheres depois da menopausa e nos homens com mais de 65 anos, nem todos serão afetados pela doença. Entre outros fatores de risco, as dietas pobres em cálcio (leite, queijo, iogurte) e ricas em proteínas, o elevado consumo de álcool e cafeína, bem como o tabaco e a toma de certos medicamentos, favorecem o aparecimento da osteoporose.
Mulheres mais afetadas
São as mulheres quem mais sofre de osteoporose, principalmente depois da menopausa. Nesta etapa da vida, cerca de uma em cada três mulheres sofre desta doença, devido à falta de produção de estrogénios que ocorre na altura da menopausa e é agravada pela idade, afetando todo o esqueleto. Numa mulher jovem, a formação e a reabsorção ósseas estão em equilíbrio, mantendo-se a massa óssea constante, mas na mulher pós-menopáusica, a reabsorção óssea predomina, pelo que se verifica perda da massa óssea e redução da resistência óssea, o que pode conduzir à osteoporose e às fraturas.
De um modo geral, à medida que se vai envelhecendo, é fundamental identificar de forma precoce e exata qual o risco de vir a sofrer fraturas. Há sintomas e sinais que podem alertar para a osteoporose: dores (predominantemente ao nível da coluna vertebral), deformações ósseas (exagero das curvaturas fisiológicas da coluna vertebral), perda de altura superior a 2,5 centímetros, aparecimento de corcunda ou ombros descaídos para a frente, e as fraturas.
Prevenir pela alimentação e exercício
Depois de diagnosticada, há formas de tratar a doença. Quanto à prevenção, o melhor é adotar um estilo de vida saudável, com uma alimentação rica em cálcio e vitamina D, e a prática regular de exercício físico. A alimentação deve passar por um regime mais rico em lacticínios e verduras (sopa de nabiças, de espinafres, agriões, entre outras), podendo ser equacionado o uso de suplementos de cálcio e de vitamina D. A par de uma dieta saudável, o exercício físico (de preferência ao ar livre, aproveitando o sol) deverá também passar a fazer parte do dia a dia, para manter a massa óssea e reduzir o risco de fratura, assim como melhorar a força muscular e permitir uma melhor postura, melhorar o equilíbrio e diminuir o risco de queda. Mesmo para quem já sofra de osteoporose ou tenha sofrido uma fratura deve fazer exercício físico, adequado, reduzindo as dores crónicas da coluna e prevenindo as deformações da coluna.