Quem é o homem que se candidata a presidente de Junta?
Sou natural do Cadaval e vim cá parar por causa dos namoricos e, por isso, fiquei a residir na freguesia da Lapa, faz em outubro 50 anos. Fiz 69 anos em julho, sou casado, tenho dois filhos e quatro netos. Iniciei a minha carreira aeronáutica na OGMA, depois fui destacado para a TAP, onde estive nove anos, no âmbito de um acordo entre as duas empresas, e acabei por voltar à OGMA e neste processo todo fiz missões, já corri mundo.
Julgo que tenho carácter, gosto das pessoas, gosto de conviver.
O que o motivou a ser candidato?
Gostava de dar continuidade ao trabalho que se tem vindo a fazer neste último mandato. Já passei por quatro executivos na Lapa, fui secretário e tesoureiro, na equipa de Manuel Barros, e agora estou no meu quinto mandato, como tesoureiro, na União de Freguesias Ereira e Lapa.
A minha lista tem pessoas da Ereira, nem queria que fosse ser de outra maneira.
Que presidente de Junta quer ser?
Se for eleito, quero ser um presidente de proximidade com as populações, porque é o essencial. Estamos numa situação que não foi criada por nós foi criada por alguém nesta união de freguesias e como deve perceber nestes meios rurais há sempre uma desconfiança das populações. Não tem sido difícil, porque apesar de ser residente na Lapa tenho feito sempre uma aproximação à Ereira.
Quero ser um presidente que acompanhe as coletividades, que tenha presente sempre todos os eventos, assim como das instituições. E quero dar continuidade ao trabalho que iniciámos neste mandato e se possível, uma vez que oiço dizer que vai haver mais descentralização de competências, vou esperar por essa situação para poder gerir essa parte e ver se de facto consigo fazer alguma coisa de capital nas duas terras. Por exemplo, na Ereira, o que foi prometido foi o parque infantil e que não está feito. É uma obra que eu gostaria imenso que fosse feita, porque a Lapa tem três parques infantis (um deles da escola) e as crianças da Ereira têm de ser tratadas por igual. Para mim, as duas populações são iguais.
A Junta de Freguesia da Ereira está aberta e tem todas as condições, ainda mais do que a Lapa, porque até tem um posto de CTT, que nós já herdámos.
Que ideia tem da União de Freguesias Ereira e Lapa?
Na parte cultural estão muito bem, porque estão muito bem representadas. Tínhamos o problema da Lapa com o Rancho Folclórico que acabou, mas agora voltou, com uma direção eleita e vão recomeçar os ensaios. Temos bandas nas duas terras, Teatro…
O único problema que tem havido, este ano, a nível das duas freguesias tem sido uma carência de limpeza. Temos operacionais, temos seis funcionários, mas houve uma parte do ano em que houve uma intempérie, depois não chovia e curava-se as ervas e depois chovia e as ervas voltavam a crescer… Tivemos também a dificuldade de não ter a máquina da Câmara que nos ajudava muito, fazia grandes envolventes mesmo dentro das freguesias, assim como os caminhos vicinais. Temos a esperança que essas máquinas ficarão operacionais dentro de pouco tempo e que depois será mais fácil fazer esse trabalho, porque temos funcionários competentes para trabalhar com essas máquinas.
São duas freguesias com ruas muito grandes e fazer esse trabalho com meios manuais não é muito fácil e depois os funcionários também têm ainda de fazer os transportes, não é assim muito fácil.
Eu não vou fazer promessas nenhumas, vou é dizer que tudo farei para que haja um acompanhamento periódico ao pessoal, que tem sido feito, mas não tem sido feito com eu penso que deveria ser. Da minha parte, tudo farei para que isso seja possível.
Felizmente temos uma boa gerência, vamos deixar saldo. Temos uma despesa bastante significativa, o orçamento é de 56 mil euros, depois acresce o FEF (Fundo de Equilíbrio Financeiro), mas mesmo assim temos uma despesa com as viaturas, homologadas para transportar crianças, porque nestes quatro anos, se for perguntar às pessoas da Ereira e da Lapa, este executivo não fez nada, mas o nosso trabalho foi um trabalho não foi visível, porque apostámos na educação e essa aposta levou-nos uma despesa significativa. Vimos a escola da Ereira fechar porque não havia meninos, a escola da Lapa também estava, na altura, com duas salas mas também com certas dificuldades. Fomos apostar no ATL, porque uma das grandes dificuldades dos pais, hoje em dia, é onde deixar as crianças depois da escola.
O ATL da Lapa tem uma técnica do IEFP, na Ereira numas instalações cedidas pelo Centro da Ereira. Isto resolvia-nos melhor o problema em termos monetários, porque não havia tantas deslocações, mas entretanto a direção do Centro da Ereira não achou por bem ceder essas instalações e tivemos que centrar os meninos da escola da Ereira e da escola da Lapa, no ATL na Lapa. Isto fez com que tivéssemos que recolher, de manhã, as crianças das duas localidades e levá-las para a Lapa e quando é o horário escolar tirá-los do ATL e levá-los à escola da Ereira. No final do dia, há pais que vão buscar os meninos, mas há outros que somos nós a levá-los a casa. Mesmo havendo uma comparticipação dos pais, é um grande esforço. A nossa fatura de combustíveis era, mensalmente, sempre na ordem dos 800 euros. Entretanto foi feito um acordo com um posto de abastecimento e a fatura baixou um bocado.
Andámos sempre com um orçamento apertado, mas com uma boa organização, também pela grande capacidade do presidente, que temos ainda hoje, [Fernando Ribeiro], porque é uma pessoa com uma visão à distância e tem uma grande capacidade na organização dessas coisas todas. E temos trabalhado, praticamente, os dois juntos.
Qual a primeira medida a tomar assim que for eleito?
Na Lapa o que está mais carente são arruamentos, alguns estão um bocado desfeitos e precisavam de repavimento. Assim como a Ereira também tem lá uns três ou quatro… É entrar em acordo com o presidente da Câmara.
Mas, acima de tudo, apostar sempre na educação e na continuidade do ATL, porque eu assim sei que estou a ajudar pessoas. Posteriormente, a obra do exterior: os pavimentos.
Equipa do PS à Assembleia de Freguesia da União de Freguesias Ereira e Lapa
Candidatos efetivos João Herculano Fernandes Nunes, 69 anos; Célia da Conceição Rodrigues Morgado Pereira, 49 anos; Ana Paula Domingues Lampreia Pratas, 46 anos; Sebastião Ilídio Jesus Barbosa, 54 anos; Sophie Gabriel Gomes, 27 anos; Ana Isabel Filipe Viana, 44 anos; Nuno Gonçalo Geitoeira Franco, 19 anos; Hélder Manuel Carvalho Paulo, 46 anos; Olga Maria Santos Silva Maltez, 55 anos;
Candidatos suplentes Carlos Alberto Caria da Silva, 63 anos; Joaquim Jorge Inoque Felício, 48 anos; Sandra Patrícia Ferreira Alberto, 40 anos; Albino Manuel Duarte Morais, 64 anos; Diogo Miguel dos Santos Ribeiro Correia, 20 anos; Patrícia Ferreira Nunes, 20 anos; Adriano dos Santos Vieira, 21 anos; José dos Santos Vitoriano, 66 anos; Magda Marisa Ramos Pereira Ramos, 42 anos; António Rodrigues Nunes da Silva, 58 anos; Armindo Afonso Vieira Coelho, 72 anos; Cristiana Mata de Carvalho, 26 anos; Francisco José Sousa Ventura, 64 anos; Ilídio Fernando Cartaxeiro, 43