Para onde vai a nossa economia?

Da Economia à Política Local, por João Pedro Barroca

Presentemente vivemos tempos de elevada incerteza, motivada por diversos fatores alheios à nossa vontade, que inevitavelmente estão a provocar um impacto negativo na economia mundial.

A pandemia com os seus confinamentos obrigatórios, foi responsável pelo agravamento de contrangimentos nas cadeias de abastecimento internacionais, transportes e logística, que provocaram um elevado choque da oferta, a escalada de preços das commodities e consequentemente dos bens de primeira necessidade. Neste sentido, infelizmente, com o despoletar da guerra na Ucrânia, tem se vindo a verificar uma degradação do contexto macroeconomómico internacional, nomeadamente com a existência de um crescimento económico muito débil na Europa, acompanhado por uma taxa de inflação elevada, que representa a ameaça da economia portuguesa entrar em estagflação.

Inflação

Nos últimos dois meses, principalmente, os preços não têm parado de crescer e, em Portugal, a inflação poderá ter chegado aos 8% em maio, sendo este o valor mais alto desde 1993. Neste sentido, também, sem surpresa, verifica-se que nos países da OCDE a inflação cresceu 9,2% em abril deste ano, face ao mesmo mês do ano passado, e 8,8% face ao mês anterior.

Crescimento Económico

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No que diz respeito ao crescimento económico nacional, embora, as projeções possam ser encarados com algum otimismo, no entanto, esta será sempre uma análise muito relativa e subjetiva, pois, como é sabido em 2020 e 2021, verificou-se uma das maiores contrações da história da economia portuguesa.

Taxas de Juro

Para aumentar a incerteza e a gravidade do contexto atual, foram registadas recentemente as maiores subidas das taxas de juro Euribor, verificadas na última década, refletindo o aumento dos juros da dívida e as expetativas dos investidores em relação à subida das taxas dos bancos centrais, que se irá traduzir num agravamento para os agentes eonómicos, nomeadamente com impacto nos encargos das famílias com a prestação da sua habitação.

Plano de Recuperação e Resiliência (PRR)

O aumento dos custos no setor da construção civil e a ausência de mão-de-obra, são dois desafios que se colocam à execução do PRR e, neste sentido, na minha opinião, deveriam ser encarados como uma oportunidade para uma redefinição de prioridades deste Programa de investimento, que desde a sua conceção inicial, nunca se focou em problemas estruturantes do tecido empresarial português, como por exemplo a capitalização e o dimensionamento das PME.

Portugal 2020

Para os Empresários do concelho do Cartaxo que pretendam desenvolver um projeto de investimento no setor industrial ou turismo, presentemente encontra-se aberto o Registo de Pedido de Auxílio no âmbito do SI Inovação Produtiva.

Isuvol
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