A organização do Cartaxo do PCP efetuou no dia 3 de outubro (sábado) uma visita de trabalho ao mercado municipal do Cartaxo e ao mercado semanal, transferido em junho para o espaço circundante à praça de touros, na qual participou o deputado à Assembleia da República e seu vice-presidente, António Filipe.
Segundo os comunistas, “constatámos no terreno vários problemas. Desde a falta de obras, à falta de equipamentos, à falta de manutenção, até lojas vazias por ocupar dentro do Mercado. E encontrámos também justas e legítimas aspirações a regressarem os feirantes ao seu local tradicional de venda. Bem como várias questões e inquietações sobre a aparente falta de vontade do executivo em dar resposta a tais problemas”.
Diz o PCP Cartaxo em comunicado que, “em resultado das conversas mantidas com diversos comerciantes dos espaços referidos e da visualização do estado dos espaços”, destacam-se algumas considerações e questões, as quais já foram colocadas ao executivo da Câmara Municipal do Cartaxo, continuando os comunistas à espera de respostas.
Relativamente ao mercado municipal, onde “entra água da chuva em diversos locais do mesmo, colocando em causa a segurança de pessoas e bens”, o PCP Cartaxo lembra que o inverno está a chegar e que “foi prometido pela maioria do executivo municipal, aquando da proposta de orçamento para 2020, a realização de obras de requalificação do mercado, durante o presente ano”, questionando se, sendo já outubro, “será que ainda irão ser iniciadas?” O PCP denuncia ainda que, no mercado municipal, o frigorífico, tal como a máquina de gelo, não funciona, perguntando para quando a reparação ou substituição dos mesmos. No seguimento disto, questionam ainda se “o executivo já ponderou, as consequências sobre pessoas e bens, em caso de derrocada de parte do telhado e nos potenciais problemas de saúde e outros que venham a ser causados pela deterioração de bens alimentares, devidos ao facto dos equipamentos acima referidos estarem fora de serviço?”
Para além destas questões, o PCP quer ainda saber para quando “está prevista a abertura de concurso, para disponibilização dos espaços vazios e com isto diversificar a oferta e atrair mais clientes”, assim como para quando se prevê “melhorar a limpeza do mercado e realizar obras prementes de manutenção”.
Já no caso do mercado de levante, mercado semanal que se realizava, aos sábados, na zona adjacente ao mercado municipal (há mais de 40 anos) e que em junho último passou para a zona circundante à praça de touros, o PCP relata o “descontentamento” dos comerciantes que, há data da transferência para o novo espaço, justificado pela Câmara Municipal como medida de segurança e saúde pública no âmbito da pandemia Covid-19, entregaram um abaixo-assinado ao executivo camarário. “Com este deslocamento, a falta de clientes é notória e a ausência de muitos dos vendedores também o é”, afirma o PCP, sublinhando que “num período de graves dificuldades económicas para a maioria da população, esta condicionante, agrava a situação dos comerciantes visados”. Para além disso, os comunistas constatam que “deixou de existir a disponibilidade por parte do Município de produtos de higienização para os visitantes, como inicialmente existiu”.
Depois disto, o PCP Cartaxo pergunta ao executivo da Câmara Municipal se já foi “elaborado o parecer que foi prometido realizar, sobre as condições de higiene e segurança para que o mercado de levante regressasse ao local habitual e para quando esse regresso “com as devidas regras sanitárias”, questionando ainda “por que não se aproveitou este espaço de tempo, para que no regresso ao mesmo local se tivessem criado melhores condições aos utilizadores”. Por outro lado, os comunistas pretendem saber se “as taxas de ocupação deste espaço de utilização provisória, enquanto durar os efeitos da pandemia, irão ser pagos” e, por último, lembram que por proposta do PCP, na Assembleia da República (Lei 34/2020 de 13 agosto), foram aprovadas medidas para que os municípios entre outras entidades, pudessem beneficiar de apoios à criação de melhores condições na atividade dos feirantes e empresas de diversões itinerantes”, questionando o que “desde então o que foi feito pela Câmara do Cartaxo para aproveitar estes apoios”.