O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro, não gostou das acusações que lhe foram feitas na última Assembleia Geral do Estrela Ouriquense, realizada na noite da passada segunda-feira, 11 de abril.
Na ocasião, o associado Nuno Almas referiu, a propósito do caso BES, que “achei muito grave por em causa se um financiamento está refletido na contabilidade ou não. Acho que, no mínimo, sem ter elementos, só levantando a dúvida, é uma irresponsabilidade. Se o senhor presidente estava informado qual foi o fim para que ocorreu aquele empréstimo, se não estava informado foi irresponsável, se estava informado, para além de irresponsável, foi mal intencionado. E isso para mim é grave”.
Pedro Ribeiro começou por explicar que não esteve presente na Assembleia por compromissos inadiáveis, ligados ao Município, acrescentando que “na Assembleia Geral em que estive presente, estive enquanto presidente de Câmara mas também como associado, pedi para estar nessa reunião porque havia o assunto do tal empréstimo, em que convinha fazer também um esclarecimento, e disponibilizei-me para prestar todos os esclarecimentos”.
Pedro Ribeiro acrescentou que “eu gosto de me relacionar com as pessoas olhos nos olhos, cara a cara, dando às pessoas o direito de fazer o contraditório, dando às pessoas o direito de poderem apresentar os seus argumentos, mas aquilo que verifico é que o senhor Nuno Almas, na reunião em que o podia fazer, virou costas, abandonou a reunião, não se mostrou disponível para prestar qualquer esclarecimento, nomeadamente naquilo que tinha a haver com o empréstimo que o clube tinha feito ao Banco Espírito Santo, e que tenha aproveitado a minha ausência para, nas costas, fazer ataques desse calibre”.
O abandono de Nuno Almas da anterior Assembleia Geral dever-se-á, segundo Pedro Ribeiro, à questão sobre “como é que, na transição de contas da anterior direção para a atual, um montante de dívida desta grandeza não está contabilizado nas contas do clube. Eu acho que essa é a pergunta que continua por responder”.
