Pedro Magalhães Ribeiro é o candidato do Partido Socialista a presidente da Câmara Municipal do Cartaxo nas eleições autárquicas em 2017.
Segundo o que o Jornal de Cá apurou, Pedro Ribeiro foi indigitado esta quinta-feira para concorrer à presidência do Município do Cartaxo, “por unanimidade e aclamação”, pela Comissão Política da concelhia do PS Cartaxo.
Uma nomeação recebida por Pedro Ribeiro “com um sentimento de uma enorme gratidão, com humildade, com muita felicidade e com um enorme sentido de responsabilidade daquilo que o Partido decidiu”.
Pedro Ribeiro lembrou que “as regras atuais do Partido não obrigam a que o nome fosse sufragado pela Comissão Política. Solicitei aos órgãos do Partido que o meu nome fosse votado por voto secreto”.
Questionado sobre se o facto de ser o primeiro candidato a surgir publicamente no concelho lhe pode trazer alguma vantagem, o candidato salienta que a divulgação do seu nome se prende, apenas, com o timing do PS, “que foi decidido a nível nacional. Penso que a questão do timing não é decisiva. O Partido pediu para todas as concelhias escolherem os candidatos às câmaras até ao dia 12 de dezembro, porque vai haver uma Convenção Nacional, onde desejam que todos os candidatos à câmara estejam escolhidos”.
Pedro Ribeiro considera que esta situação “dá estabilidade para o trabalho que estamos a desenvolver. Temos muito para fazer, temos muitos problemas para resolver, e julgo que este timing, acima de tudo, permite, de uma forma estável, trabalhar diariamente naquilo que é o serviço que prestamos às nossas populações, às nossas empresas, às nossas instituições. Em simultâneo, do ponto de vista político, vamos, freguesia a freguesia, seguir a mesma metodologia que fizemos há quatro anos, promover a discussão pública daquilo que foi o nosso programa, prestar contas às pessoas, ouvir os contributos e, a partir desses contributos, construir um novo programa para os próximos quatro anos e, em simultâneo, constituir equipas que dêem corpo e alma a essas ideias e a esses contributos que vamos recolher”.
Quanto a equipas, Pedro Ribeiro diz que ainda é cedo, mas assume que “estamos a trabalhar em todas as Juntas de Freguesia para apresentar o melhor projeto, as melhores equipas, para merecermos a confiança das pessoas”.
Em Valada, por exemplo, fala-se de um reatar de relação entre o atual presidente, Manuel Alfredo, que venceu as eleições pelo Movimento Paulo Varanda, e o PS. Sem negar esta reaproximação, Pedro Ribeiro destaca que “aquilo que posso dizer é que, no meu relacionamento com o presidente da Junta de Freguesia, Manuel Alfredo, o relacionamento tem sido de uma grande lealdade. Nós temos trabalhado de uma forma muito próxima com os presidentes de Junta de Freguesia, nenhum é privilegiado. E com o Manuel Alfredo o tratamento e o relacionamento institucional e pessoal tem sido de uma grande lealdade. Nunca, de nenhuma das partes, houve qualquer tipo de conflitualidade gerada em função de ele hoje não estar a representar o Partido Socialista, como representou sempre em que tinha sido eleito”. Não obstante, o candidato lembra que “Manuel Alfredo, enquanto presidente de Junta, se a memória não me atraiçoa, atingiu a limitação de mandatos, mas é uma questão que nesta altura não está em cima da mesa”.
Por outro lado, “em Vila Chã de Ourique tenho muita confiança no atual presidente de Junta de Freguesia e, naquilo que depender da minha parte, será o nosso candidato. Mas volto a dizer que os nomes e as equipas têm de ser sufragados pela Comissão Política. Agora, o balanço que eu faço do trabalho do presidente de Junta de Freguesia de Vila Chã é um balanço, muito, muito, muito positivo”, acrescentando que “o relacionamento do presidente da Junta com as instituições, com as associações, é muito bom, o trabalho é muito próximo, quer com escolar quer com coletividades da freguesia, é um profundo conhecedor dos problemas da sua freguesia, participa com soluções para os resolver, e desde que não exista, da sua parte, qualquer impedimento, do ponto de vista familiar ou profissional, para dar continuidade a esse trabalho, será a minha primeira escolha”. Pedro Ribeiro é acompanhado nesta escolha pela concelhia socialista do Cartaxo.
No que respeita à equipa para a Câmara Municipal, Pedro Ribeiro assume que é sua vontade que a atual equipa prossiga para o próximo mandato. “Esta equipa política tem sido confrontada com problemas gravíssimos e tem sido uma equipa muito coesa”, adiantando que “não me lembro do último executivo, se calhar aí há 15 ou 20 anos, em que não houve mudanças de pelouros nem houve mudanças da composição do executivo do Partido Socialista. Talvez o último mandato em que isso tenha acontecido foi o mandato do Dr. Conde Rodrigues, que terminou em 2001”.
Por isso, “esta coesão e o trabalho que esta equipa tem feito, quer o Dr. Fernando Amorim quer a Eng.ª Sónia Serra, naturalmente que é minha vontade que continuem”, finalizou.
A presidente da concelhia socialista do Cartaxo, Elvira Tristão, diz que o objetivo desta candidatura é “reforçar a sua maioria. De todo o modo, na minha perspetiva, este mandato foi um mandato muito interessante, porque o facto de haver uma maioria relativa permitiu, de facto, olear os mecanismos da democracia e foi, para nós todos e sobretudo na Assembleia Municipal, um grande desafio poder exercer aquilo que são os mecanismos da democracia e da cultura democrática. Por outro lado, o nosso grande objetivo é cumprir aquilo a que nos propusemos no primeiro mandato, que é continuar a fazer bem”.
“Ainda há muito para fazer. E é, sobretudo, porque ainda há muito para fazer que faz todo o sentido que esta equipa continue o trabalho que tem vindo a desenvolver até agora e que tem vindo a dar frutos”, acrescenta Elvira Tristão.
Nas freguesias também há muito trabalho a fazer, especialmente nas freguesias que o PS perdeu nas últimas autárquicas, Valada e Pontével. ” O PS tem vindo a fazer esse trabalho. O nosso Secretariado tem vindo a refletir sobre as equipas para os vários órgãos autárquicos, os contactos estão a ser feitos, não me pronunciarei sobre isso, obviamente, porque é demasiado cedo, mas o que posso dizer é que o PS tem um vasto conjunto de pessoas da sua área política com provas dadas, com muito trabalho feito e certamente que com muita vontade de contribuir para o projeto do Partido Socialista. Estou convencida que encontraremos as melhores soluções em cada uma das freguesias”, garante. Estas decisões “são, em princípio, lá para finais do primeiro semestre do próximo ano”.
Elvira Tristão diz acreditar que o próximo mandato deverá assistir a algumas obras. “Nós estamos convencidos que a consolidação das contas que ainda é necessário fazer permitirá alguma folga para realizar essas obras, que são necessárias”, salienta esta responsável.
A presidente da concelhia socialista realça, ainda, que todos os nomes terão de ser sufragados internamente, tal como aconteceu com o do candidato Pedro Ribeiro. “Nem nunca surgiu, sequer, uma outra possibilidade de candidato”, finaliza.