Perfil – João Soares

Eu Sou
Sou amigo. Sou sociável. Sou honesto, sincero e sou uma pessoa com princípios. Sou extremamente exigente comigo.

45 anos, bancário. Casado com a Sara, pai da Laura e da Carlota. Vive no Cartaxo

João Soares nasceu a 30 de junho 1974. Lembra-se de ter sido sempre um bom aluno na escola, sem que os estudos lhe atrapalhassem a sua vida social e desportiva. Toda a vida se empenhou nos seus afazeres escolares, mas também nas suas amizades, e, como não podia deixar de ser, no futebol.

Eu gosto
Da família. De um bom jantar com amigos. De desporto; de ténis e de futebol. Gosto de sinceridade. De pessoas humildes.

Foi precisamente na escola que todos estes interesses se cruzaram e fazem dele a sua imagem de marca, até aos dias de hoje. Não dispensa uma boa jantarada entre amigos, mas é a família e o trabalho que aponta como prioridades.

Hoje, com 45 anos, o futebol continua a ser um dos seus escapes. Atualmente joga na equipa dos veteranos do Sport Lisboa e Cartaxo. E foi neste clube que se iniciou logo em miúdo, pois o futebol está-lhe no sangue (tem na família vários exemplos de futebolistas). Foi o professor de Educação Física, Rui galinha, que viu que tinha jeito para o futebol e o encaminhou para o Sport Lisboa e Cartaxo. E foi aqui que percorreu todos os escalões de futebolista, mas também passou, enquanto jogador sénior federado, pelo Estrela Ouriquense e pela União Desportiva de Santarém, voltando depois a jogar em Vila Chã de Ourique.

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Pode dizer-se que o futebol é a sua paixão, não só pelo jogo, em si, mas também pelas relações de amizade que se criam. Tem amigos e conhecidos por todo o lado, muitos deles através das provas em campeonatos distritais e nacionais que ao longo do tempo foi realizando no futebol. Jogou até aos 29 anos, altura em que casou e estava a tirar o MBA, na Escola Superior de Gestão de Santarém, numa parceria com a Universidade da Estremadura, já estava no banco, e começou a pensar em deixar de jogar fez uma pausa de cerca de quatro anos até voltar a jogar, já nos veteranos, onde está há cerca de nove anos.

Eu quero
Saúde e felicidade para a minha família. Quero que este País melhore; que não se fale tanto em crise e que se fale mais em oportunidades. Quero que os meus pais durem muitos anos. Quero que as minhas filhas sejam felizes.

Mal terminou os estudos, em 1997, entrou na Caixa de Crédito Agrícola (CCA), para substituir uma baixa e está lá até hoje, embora em funções de maior responsabilidade, como coordenador comercial. Abriu a agência da CCA em Vila Chã de Ourique, em 2000, mas voltou ao Cartaxo, onde está (e gosta de estar) há 19 anos.

Eu não sou
Interesseiro. Invejoso. Vaidoso. Não sou de intrigas. Não sou desumano.

Gosta de pessoas, de se relacionar com pessoas, e preocupa-se verdadeiramente com elas, com os seus problemas. Não vive alheado dos problemas que o rodeiam, daí que se mantenha a trabalhar na mesma instituição bancária, muito embora tenha sido aliciado a integrar outras instituições do género. “Esta é uma instituição que não vê os seus clientes como números” e é isso mesmo que lhe interessa: tratar as pessoas enquanto tal e tentar encontrar soluções que não prejudiquem nem os interesses da instituição, nem dos seus clientes. “É disto que eu gosto no meu trabalho.”

Eu não gosto
De pessoas vaidosas. De falsidade.

Já teve experiência na política, “numa fase muito passageira da minha vida”. Integrou as listas da candidatura de Paulo Caldas à presidência da Câmara do Cartaxo, e foi chamado a vereador aquando da desistência de dois vereadores, “uma experiência de três a quatro meses” que o fez perceber que “a política não era para mim”. “Nunca tive ambições políticas, embora muita gente dissesse que tinha perfil”, daí ter recusado o convite para, nas eleições seguintes, integrar os primeiros lugares da lista. Estava, na altura, com maiores responsabilidades a nível profissional e achou que era melhor desligar-se da política.

Eu não quero
Estes clientelismos na nossa política. Ver todos os dias nas notícias casos de corrupção e crimes, por isto e por aquilo.

Casado há 17 anos, e pai há quase 15, a família tem sido a sua prioridade. E é um pai atual, ou seja, participa ativamente na educação das filhas, desde que nasceram, com tudo o que isso implica. O facto de ter duas meninas, sem um rapaz que lhe seguisse os instintos futebolísticos, não o desanima, pois gosta muito da experiência que tem vivido com as duas filhas, até porque só teve um irmão, o que não lhe permitiu conviver, cedo e de perto, com o universo feminino. Também com os pais mantém uma relação muito próxima: faz questão de, pelo menos uma vez por semana, ir almoçar com eles, para colocar a conversa em dia e aproveitar para saborear a comida da mãe.


O perfil de João Soares foi publicado na Revista DADA nº61, edição impressa de abril de 2016. Alguma informação foi atualizada. Foto em destaque ©Vitor Neno

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