Fizeram o primeiro jantar há 33 anos, ainda adolescentes. Hoje, com idades a rondar os 50, continuam a encontrar-se num jantar anual, onde a qualidade do vinho já supera a quantidade de outros tempos
Este ano, o jantar d’Os Pipas foi no passado sábado, 25 de novembo. Eram cinco da tarde e lá estavam eles na rotunda das pipas no Cartaxo, à saída para Pontével, quando o Jornal de Cá chegou, numa hora de algum tráfego automóvel. Carros a apitar, outros a lançar bocas como ‘não conseguem bebê-lo todo!’, elevavam ainda mais os ânimos dos cerca de trinta ‘Pipas’ que ali estavam para mais uma fotografia, num lugar emblemático para o grupo. Afinal foram eles que há oito anos inauguraram aquela rotunda com uma instalação de dez pipas de vinho em pirâmide – em nome do vinho do Cartaxo – com cada uma das freguesias do concelho nelas inscritas.
Já na companhia do vinho da Adega do Cartaxo, foi para lá que se dirigiram depois, para uma prova cega, com o enólogo Pedro Gil. À prova, primeiro alguns vinhos da Adega e, depois, outros vinhos de diferentes regiões do país, numa sessão de análise sensorial do vinho que tentaram levar a sério, preenchendo fichas de avaliação com vários parâmetros. No final, ouviu-se de alguns que os vinhos do Cartaxo foram os mais apreciados.
Depois de conhecidos os resultados da prova cega, os Pipas elegeram o Bridão tinto colheita selecionada – Alicante Bouschet 2015, o melhor vinho da primeira ronda onde estiveram à prova cinco vinhos da Adega do Cartaxo, e o Vinha da Valentina tinto 2015 – Reserva Signature da Casa Ermelinda de Freitas, da região da península de Setúbal, o melhor vinho da segunda ronda onde estivaram à prova seis vinhos nacionais, entre os quais o Bridão tinto Private Collection 2015 da Adega do Cartaxo, o segundo mais apreciado pelos Pipas nesta ronda.
Antes disso, tal como é habitual nos encontros anuais deste grupo de amigos do Cartaxo (e do vinho), foi feita a homenagem no cemitério do Cartaxo ao amigo já falecido, Guilherme Barão. As tradições são para manter e este jantar vai acontecer “até ao último cá estar”, dizem na galhofa. Mas sabemos que pretendem juntar-se mais vezes, durante o ano, para aproveitar a grande cumplicidade que os une.