As doenças cardiovasculares representam a principal causa de morte em Portugal, sendo ainda uma importante causa de incapacidade. Saiba quais suas principais causas
As doenças cardiovasculares estão associadas a um conjunto de fatores de risco, entre os quais se inserem a hereditariedade, o sexo e a idade, embora haja outros sobre os quais se pode agir como forma de prevenção, basta uma mudança no estilo de vida. São eles:
Sedentarismo
A inactividade física é um dos maiores factores de risco no desenvolvimento de doenças cardíacas, estando a população portuguesa muito exposta aos riscos das doenças cardiovasculares, visto que, de acordo com a Fundação Portuguesa de Cardiologia (FPC), Portugal está entre os países com menores índices de actividade física da Europa.
Hipertensão
Há uma série de factores que podem levar a que a pressão do sangue sobre as paredes das artérias aumente em excesso, ou seja, provoquem uma hipertensão que, segundo a FPC, atinge em Portugal cerca de dois milhões de pessoas. Destas, apenas metade sabe que sofre desta patologia e somente 25 por cento dos mesmos estão medicados. Ainda segundo números da FPC, só 11 por centos dos dois milhões de hipertensos tem a tensão arterial efectivamente controlada.
Tabagismo
As doenças cardiovasculares são duas a quatro vezes mais frequentes nos fumadores, alerta a FPC, sublinhando que deixar de fumar é a medida preventiva mais eficaz para diminuir os riscos de enfarte do miocárdio, angina de peito, doença arterial periférica e acidente vascular cerebral.
Números da Organização Mundial de Saúde adiantam que o consumo de tabaco em Portugal atinge cerca de 20 a 26 por cento da população.
Stresse
Apesar de esta não ser a causa principal de problemas cardíacos, segundo a FPC, o stresse pode contribuir para os desencadear ou agravar, uma vez que, entre outras consequências, provoca a subida da pressão arterial.
Obesidade
Em Portugal, quase metade da população apresenta excesso de peso e perto de um milhão de adultos sofre de obesidade, revela a FPC, acrescentando que são números preocupantes e estão, principalmente, ligados a hábitos de vida mais sedentários e à modificação dos hábitos alimentares, ao longo das últimas décadas (cereais refinados, açúcares e gorduras saturadas), em detrimento da tradicional alimentação mediterrânica, rica em cereais integrais, peixe, vegetais, fruta e azeite.
A Fundação Portuguesa de Cardiologia lembra que o rastreio e o diagnóstico precoce são fundamentais para avaliar o risco que se corre de vir a ter uma doença cardiovascular, tornando maiores as possibilidades de impedir o aparecimento ou o agravamento da mesma.