O presidente da Câmara do Cartaxo, Pedro Ribeiro, quer ser recebido pela Ministra da Saúde em audiência, com caráter de urgência, para dar conta das preocupações da autarquia com os cuidados de saúde primários no concelho.
O autarca assegura que vai continuar a reivindicar soluções e garante total disponibilidade para trabalhar com a administração central, tal como “já fizemos no passado, chamando à Câmara Municipal responsabilidades que cabiam ao Ministério da Saúde para resolver problemas que se arrastavam há demasiado tempo”, tais como o investimento feito pela Câmara Municipal na Extensão de Saúde de Valada, num total de 30 mil euros, para impedir o seu encerramento, já que a manutenção deste serviço de saúde de proximidade “assume caráter especialmente importante para a população de uma freguesia isolada devido à distância geográfica, à carência de transportes públicos e ao envelhecimento da população, na sua maioria, pessoas com uma situação socioeconómica frágil”, considera o autarca.
No que respeita a necessidades, a Unidade de Saúde Familiar D. Sancho I precisa de intervenções de manutenção e melhoria das infraestruturas, tais como pinturas, reforço de isolamentos e reparação de pavimentos.
Na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP), que partilha as instalações com a Unidade de Saúde Familiar Cartaxo Terra Viva (USF Cartaxo Terra Viva), a maior preocupação é com a falta de médicos de família.
Apesar de partilharem instalações, as realidades destas duas unidades é bem diferente. A USF Cartaxo Terra Viva tem 9 258 utentes inscritos, e tinha, em 31 de dezembro de 2018, cobertura total de médico de família; já a USCP apresentava 4 954 utentes sem médico de família, para um total de 4 987 utentes inscritos, sendo que esta unidade conta com três médicos, um dos quais em situação de prestação de serviços e outro em situação de doença prolongada.