Cartaxo, Almeirim e Santarém são os primeiros municípios a aderir ao projeto-piloto de mobilidade suave e micromobilidade, no âmbito da CIMLT, que prevê o uso partilhado de trotinetas na cidade.
O projeto resulta de um protocolo com uma empresa, no âmbito da mobilidade suave e micromobilidade, com uso a trotinetas com uma autonomia até 12 quilómetros, sem custos para o município, e que numa primeira fase atuará nos concelhos de Cartaxo, Santarém e Almeirim.
Segundo o presidente da Câmara Municipal do Cartaxo, que deu conta deste projeto na última reunião do executivo, no Cartaxo serão entregues cerca de 75 trotinetas, tal como para Almeirim, ficando Santarém com cerca de 300.
“Acreditamos que este é o caminho para uma mobilidade mais verde e mais citadina”, refere João Heitor, considerando este projeto-piloto, cuja duração é de um ano, “interessante para nós”, até porque, frisa, não traz custos para o município, ficando a empresa isenta de taxas, com parecer positivo do FAM. “Parece-me que só temos a ganhar com isto”, acredita o autarca.
O presidente da Câmara explica que “é um modelo de utilização sem doca”, ou seja, “as pessoas podem pegar na trotineta e deixá-la em qualquer sítio, mas com regras: o utilizador é responsável durante a utilização, terá que cumprir todos os requisitos legais para a utilizar”. As trotinetas devem circular em ciclovias e na falta destas a circulação deverá ser feita na estrada, encostado à direita e respeitando as regras do Código da Estrada, sendo proibido circular nos passeios. Para acionar a trotineta é necessária uma aplicação móvel (app).
O assunto apresentado em reunião do executivo, constante da ordem de trabalhos e para deliberação – Sistemas de mobilidade suave e micromobilidade – taxação da ocupação de espaço público – foi aprovado por unanimidade.
Do lado da oposição, vereador Rolando Ferreira felicita o projeto por ser “uma mais-valia para o ambiente e para nós todos”, contudo salienta o facto de o FAM aprovar “a isenção de uma taxa de seis mil euros a uma empresa privada”, o que terá sido, acredita, uma isenção “bem fundamentada”, lamentando que “não conseguimos fundamentar essas isenções para as nossas coletividades”.
Em resposta ao vereador socialista, João Heitor diz que “se não houvesse isenção das taxas não havia projeto-piloto”, adiantando que as fundamentações para as isenções são trabalhadas “de forma estreita” com o FAM e que esse trabalho está a ser feito também no âmbito das isenções às coletividades.
*Foto: Imagem ilustrativa