Protestos dos bombeiros são “guerra de sindicatos”

Os bombeiros portugueses continuam em protesto. Desta vez, os bombeiros municipais juntaram-se ao protesto dos sapadores, unidos contra as novas regras propostas pelo governo.

Os bombeiros consideram que a proposta do Governo significa uma desvalorização enorme na carreira, não respeita a importância destes profissionais e restringe as possibilidades de progressão, que vai fazer-se mais lentamente.

Além disso, o aumento da idade da reforma também está no centro destes protestos. O governo propõe que os bombeiros passem a poder reformar-se aos 60 anos quando, atualmente, o podem fazer aos 55.

Estas questões não passam ao lado dos Bombeiros Municipais do Cartaxo, que optaram por não participar neste protesto. O comandante David Lobato justifica esta posição com o facto de o protesto ser, “neste momento, uma guerra de sindicatos”, na qual não querem ser envolvidos, até porque existem bombeiros da corporação do Cartaxo afetos ao STAL (Sindicatos dos Trabalhadores da Administração Local) e ao SNBP (Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais).

Ainda assim, o comandante diz que a questão da idade da reforma é a mais premente, já que “é impossível um bombeiro andar até aos 60 anos a fazer serviço”. E explica que o ótimo seria um regime semelhante ao das forças de segurança em que, a partir de uma certa idade, os agentes são colocados a fazer outro tipo de serviços, mais leves.

No que respeita às remunerações, David Lobato diz que, com os pés bem assentes na terra, “acho que o governo não nos vai dar os 980 euros de base”, adiantando que a proposta do SNBP, de 789 euros mais suplementos, “é razoável”.

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