O Provedor do Munícipe do Cartaxo, Carlos Galelo, renunciou ao cargo pouco mais de um ano e meio da sua tomada de posse, informou Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Cartaxo, na reunião do executivo desta segunda-feira, em Valada, acrescentando “a minha satisfação pelo cumprimento do papel de Provedor até esta data. Reiterei ao senhor Provedor do Munícipe o meu desejo para continuar. Pela primeira vez que o nosso Município tem um Provedor, acho que era impossível termos alguém com melhor perfil para este arranque, alguém que se entregou bastante a esta missão, com um papel bastante importante para além da ligação com os munícipes, ainda que poucos, porventura por desconhecimento da figura do Provedor, fazendo este elo de ligação com a Câmara Municipal e com o presidente da Assembleia Municipal, mas com particular destaque em relação ao papel e à missão que o Provedor abraçou naquilo que teve a ver com o processo Cartágua”.
Seguem-se, agora, consultas a todas as forças políticas, para “iniciarmos um período de auscultação de todas as forças políticas, de todos os presidentes de Junta”, para recolher sugestões de “personalidades do nosso concelho para que possamos criar um consenso e dirigir o convite para o lugar de Provedor do Munícipe”, disse, ainda, Pedro Ribeiro.
Recorde-se que a criação do Provedor do Munícipe foi uma proposta apresentada pelos eleitos do PSD e aprovada no anterior mandato. O nome de Carlos Galelo foi escolhido pelo presidente do Município, Pedro Ribeiro.
Aquando do seu primeiro ano em funções, apresentou à Assembleia Municipal do Cartaxo, em abril, um relatório da sua atividade, onde colocou a nu a grande ‘machadada’ nos interesses do Município que foi o negócio da água no Cartaxo, e teceu duras críticas à atuação – ou falta dela – da Assembleia Municipal do Cartaxo, sobretudo, ao longo do processo Cartágua. O Provedor denunciou, sobretudo, a gestão danosa de Paulo Caldas e Paulo Varanda e acusou os eleitos na Assembleia Municipal de “seguidismo político”, e que o Jornal de Cá deu conta na edição de junho de 2019.
O Jornal de Cá tentou obter esclarecimentos para esta renúncia junto do Provedor do Munícipe do Cartaxo e do presidente da Câmara Municipal, que remeteram para mais tarde uma posição.