José Augusto de Jesus, advogado de profissão, é o presidente da Comissão Política do PSD Cartaxo. Aos 44 anos, é pai da Joana e do Dinis e casado com Teresa. Nasceu no concelho de Tarouca, na aldeia de Granja Nova, mas passou os dez primeiros anos de vida em França, onde fez a quarta classe.
Foi seminarista, em Resende e em Lamego, porque era a melhor garantia de uma boa educação, mas chegou à conclusão que não queria ser padre, no 11º ano, e saiu. Ainda assim, guarda gratas recordações daqueles anos, que lhe trouxeram disciplina de estudo e valores que guardou para a vida. Fez o 12º em Moimenta da Beira, onde foi o melhor aluno da escola.
Estudou Direito em Lisboa, e refere Freitas do Amaral como o professor que mais o marcou nos tempos de faculdade, pela proximidade que mantinha com os alunos, embora não se reveja muito nas suas posições públicas mais recentes.
Foi na faculdade de Direito de Lisboa que conheceu Teresa, natural de Vila Chã de Ourique, com quem viria a casar em 1999, e que foi responsável pela sua vinda para o Cartaxo.
Como é que está o PSD Cartaxo? Fala-se muito de divisões internas, fações…
Devo dizer que, dentro do PSD do Cartaxo, as coisas estão perfeitamente estabilizadas. Obviamente que não há unanimismos, mas isso não existe em partido nenhum ou, pelo menos, não deve existir. Mas no PSD Cartaxo há, certamente, divergências de opinião. Agora, aquilo que eu posso garantir é que, na Comissão Política não há divergências. Alguma coisa que exista são mesmo rumores, mas nem isso tenho percebido.
Qual a leitura que faz das sucessivas vitórias do PS no Cartaxo? O que falta ao PSD para conseguir conquistar a Câmara Municipal?
Essa é uma questão difícil, mas acho que há muitas razões e todos nós falámos sobre elas, dentro e fora do partido. Nós estamos num concelho marcadamente socialista, e há pessoas, sobretudo, pessoas mais velhas, que sempre se habituaram a votar no Partido Socialista e têm dificuldade em mudar.
Também não tenho dúvidas de que o PSD sempre teve uma atitude, teve sempre propostas, fez, sobretudo, alertas, que a mim me custa um bocadinho perceber porque é que não teve melhores resultados.
Neste momento, nós temos a Câmara do Cartaxo falida. Desde 2005 que o PSD anda, na Câmara e na Assembleia Municipal, a dizer que o caminho que esta Câmara leva é um caminho que vai dar ao abismo.
Mas essa mensagem não chega aos eleitores…
Aí é que está. E na última campanha eleitoral com o Vasco Cunha, a mensagem, que foi o tónico principal da campanha, foi a de que o Cartaxo chegou a um ponto de rutura financeira muito grave.
Mas o PSD não deveria ter ‘feito mais barulho’, por exemplo, durante os mandatos do Paulo Caldas?
Admito que deveríamos, se calhar, ter tido outro tipo de intervenção, que o PSD pudesse ter tido um maior trabalho de divulgação, de fazer ecoar cá fora aquilo que eram as suas preocupações, aquilo que era a sua visão política para o concelho, em determinadas alturas. Mas também acredito que as pessoas que estavam à frente do PSD nessa altura tudo fizeram para o demonstrar. E a realidade é que estavam certas.
O Paulo Varanda, esteve apenas dois anos à frente do Município, e consegue com o Movimento, ir buscar votos ao PSD e votos ao PS. O PSD não conseguiu passar a mensagem?
Eu julgo que não será tanto pelos votos que foram retirados ao PSD, mas, sobretudo, por uma divisão que houve no PS. Em 2013, a campanha liderada pelo Vasco Cunha acho que foi bem liderada, e acho que a mensagem acabou por passar. E o que aconteceu em 2013 foi que, neste concelho tendencialmente socialista, as pessoas acharam que a alternativa na Câmara não era o PSD, mas a alternativa estava dentro do PS. Também posso dizer que havia a expetativa, da parte do PSD, de que esta divisão pudesse beneficiar o PSD. O que é certo é que as pessoas, na sua maioria, votaram longe, ou não votaram no PSD.
O que posso dizer é que um dos principais vectores do programa que eu apresentei quando me candidatei à Comissão Política era trazer o PSD para a rua. E quando fizemos as conferências, estes roteiros onde visitámos uma série de instituições de solidariedade social, que era também um dos nossos objetivos, foi sair da sede para ir para a rua. E tivemos, de facto, bons feedbacks de algumas associações e instituições que visitámos, que nos disseram que é bom que o PSD apareça fora de um contexto autárquico.
Isso não acontece sempre perto das eleições? Uma crítica que se houve é que o PSD, depois das eleições, cala-se, deixa de aparecer…
Essa, de facto, é uma crítica que é feita, mas que nós procuramos combater, e os roteiros que agora fizemos, no primeiro semestre de 2016, também vêm nesse sentido.
Os independentes Paulo Neves e Domingos Alves, tiveram bons resultados eleitorais. A forma de o PSD chegar ao poder é com independentes?
Eu não vejo isso dessa forma, porque apesar de serem independentes, a única coisa que difere daquilo que é o pensamento político de quem é militante é, de facto, o ter ou não ter cartão.
Não acredito que foi por ser o Vasco Cunha que o PSD teve um resultado menor e que por ser o Paulo Neves, independente, teve um resultado maior. É claro que o Paulo Neves trouxe um aporte muito grande ao PSD, um empresário com sucesso, ligado ao PSD como independente, candidato à Câmara em 2009. Teremos, também, de pensar naquilo que era o Governo e a condição política nacional. O Vasco Cunha reaparece numa altura em que o PSD estava no Governo, em que o País estava sob assistência da Troika, em condições difíceis. Houve agregação de freguesias, houve algumas medidas complicadas, admito que, por aí, também tenha havido alguns votos que escaparam.
Agora, a mensagem que eu quero deixar é que, pelo menos, desde que eu estou na política ativa, não posso dizer que é o independente que vem trazer as propostas, o discurso político e que vem fazer a diferença no PSD.
O presidente de Câmara procura menorizar aquilo que é a atividade política dos vereadores do PSD.
Qual é o balanço que faz do trabalho que vem desenvolvendo o atual executivo?
Desilude-me. E dou-vos alguns exemplos. Um dos principais objetivos deste executivo que gere a Câmara era a questão da Cartágua. E em três anos de mandato, este executivo socialista não conseguiu, ainda, estabilizar o quadro contratual entre a Câmara e a Cartágua.
Uma das coisas que foi sendo falada na campanha eleitoral era que o dr. Pedro Ribeiro chegava à Câmara e ia fazer uma auditoria. Não conheço resultado nenhum desta auditoria.
Em 2014, o Presidente Pedro Ribeiro fez uma reunião com os moradores da Quinta das Correias e disse-lhes que iria, até ao final do ano, resolver a questão daquele matagal, falou em espécies que não usam tanta água. E eu pergunto, até hoje, onde é que elas estão? Continua a existir lá um matagal com dois metros de altura e é um perigo muito grande, porque se há ali um fogozinho aquilo arde tudo. Para não falar nas pulgas e nas carraças de que os moradores já se queixaram. E este caso tem a ver com aquela pequena obra que o PS se propunha fazer neste mandato e que nós também não vemos, passados três anos, onde é que estão essas pequenas obras.
As nossas estradas, hoje, sobretudo a nossa Circular Urbana, os nossos espaços verdes, se calhar, mostram melhor, o que foi a consequência de uma governação socialista, não digo que seja este executivo o responsável único pelo estado das coisas, mas hoje em dia podemos perceber melhor o estado a que este concelho chegou.
Pensem naquilo que são as competências de uma Câmara Municipal. Todos nós identificamos uma série de investimentos, de manutenções, de melhorias para a qualidade de vida, de serviços, para os cidadãos, de ajudas a coletividades, a associações, a entidades que promovem funções públicas relevantes para o concelho. Hoje em dia, as competências da Câmara Municipal do Cartaxo resumem-se a pagar dívida. O vice-presidente, que eu acho que tem feito até um bom trabalho, é um gestor de dívida.
Acha que poderia ser de outra maneira, tendo em conta a situação herdada pelo anterior executivo?
Não estarei tão inteirado, obviamente, como o executivo, mas há algumas questões que eu deixo e para as quais não obtive resposta até hoje. Nós precisamos de reduzir despesa e potenciar receita. Temos, no Cartaxo, uma zona industrial que se chama ValleyPark. Temos lá, uma empresa, que é a Tagus Gás. Temos um presidente de Câmara que diz que tem uma série de ofertas de pessoas que querem ir para lá. E já questionei publicamente se não competiria ao presidente de Câmara exercer o seu magistério de influência para poder promover aquela zona industrial e arranjar empresas. Diz o senhor presidente de Câmara que é complicado, porque há uma série de condicionantes legais que não permitem a instalação de empresas. Eu peço imensa desculpa, mas se existisse esse quadro legal, se, de facto, fosse mesmo assim, a Tagus Gás não estaria lá. O senhor presidente de Câmara já disse publicamente que a Tagus Gás foi a uma Conservatória a Lisboa especializada em casos difíceis. Eu confesso, apesar da minha formação profissional, admito que possa haver, mas não conheço uma Conservatória especializada em casos difíceis. Mas se ela existe, o que eu digo é que o senhor presidente diga às empresas que lhe dizem que se querem instalar no Cartaxo que falem com a administração da Tagus Gás, para saberem que passos é que podem dar, para se instalarem no Cartaxo.
O PSD não pode fazer grandes propostas. O PSD não está a governar.
Para além disso, o que é que o PSD teria feito de diferente deste executivo, se tivesse ganho as eleições?
Mais uma questão muito difícil. Eu prefiro usar alguns exemplos. Nós fizemos, há algum tempo, a proposta do Campo Seguro. Foi aprovada por larga maioria em Assembleia Municipal. O senhor presidente elogiou, disse, até, que já tinha pensado nisso. E o que é preciso para o colocar no terreno? É preciso muito dinheiro? Não. Portanto, quando me pergunta o que é que o PSD faria, eu acho que nós podemos fazer alguma coisa pela melhoria das condições e da qualidade de vida, neste caso, de uma área que é a agricultura. Salvo erro, para o orçamento deste ano, foram orçamentados à volta de 7.500 euros para esta área, que num universo de 46 milhões, que é o orçamento da Câmara, é um valor muito pequeno e que faria toda a diferença para esta franja da população.
Também já propusemos a revisão das taxas e licenças. Em todas as reuniões de Câmara há sempre ratificações e isenções. Muitas vezes, isenta-se nove euros, oitos euros… mas muitas vezes, isenta-se 2.500, 4.500, 1.500… diz o senhor presidente, e eu concordo com ele, ‘não vamos aplicar estas taxas sob pena de deixarmos de ter cultura acessível aos nossos munícipes ou torná-la algo elitista’. Agora, se nós tivéssemos as taxas e licenças do Centro Cultural a um preço mais adequado ou, diferenciado em função de quem concorre, se calhar já teríamos arrecadado algum dinheiro nisto tudo.
O presidente disse que propostas do PSD para o orçamento, zero. O PSD não pode fazer grandes propostas. O PSD não está a governar. Eu já disse ao senhor presidente que gostaria muito de lhe estar a propor, para o próximo orçamento, a construção de um pavilhão desportivo para desportos cobertos e gostaria muito que se gastassem três ou quatro milhões, que é quanto custa recuperar só a Circular Urbana do Cartaxo, mas sei que não é possível. A Câmara vai ter de pagar o serviço da dívida e vai ter de pagar ordenados, e não vai sobrar muito dinheiro. O PSD sugeriu que o eventual dinheiro que sobrasse fosse canalizado para aquilo que mais diretamente influencia a vida de quem vive e de quem visita o Cartaxo, que é arranjar, sobretudo, a Circular Urbana e alguns espaços verdes, passeios e zonas de lazer. As nossas propostas para o Orçamento, fundamentalmente, passaram por aqui.
Antes de ser criada a Comissão para as Comemorações dos 200 Anos, o vereador Vasco Cunha levou uma proposta à Câmara. A proposta dizia que, em vez de contratarmos um Gabinete de Publicidade para fazer um logotipo, vamos dizer aos miúdos das escolas para nos darem propostas do logotipo, a Câmara não gasta dinheiro e envolve a comunidade escolar. A proposta foi feita em março ou abril de 2015, e que eu saiba foi bem aceite. O que é que isto muda para as contas do Cartaxo? Se calhar, não muda muita coisa, mas há uma forma diferente de fazer política. O logotipo das comemorações onde é que está? Quem foi o aluno que ganhou? Isso não foi feito. Custava alguma coisa, algum dinheiro, fazer isso? Não. Também não é só gerir contas, há coisas que são para a comunidade.
Não fomos nós, foi o PS, que teve sempre maiorias, que levou a câmara ao sítio onde está.
O presidente Pedro Ribeiro já acusou o PSD de propor coisas que já estão a decorrer… As propostas apresentadas pelo PSD não são ouvidas pelo executivo?
Acho que, de há muito tempo a esta parte, o senhor presidente de Câmara procura menorizar aquilo que é a atividade política dos vereadores do PSD, dos membros da Assembleia, daquilo que são as nossas propostas. E o senhor presidente de Câmara, muitas vezes, coloca-se numa posição de superioridade. O senhor presidente de Câmara convive muito mal com aquilo que é político. No último orçamento, foram apresentadas uma série de contas, o senhor presidente elogiou muito o vice-presidente e, no fim, ficou muito constrangido com a posição do PSD, que votou contra o orçamento. O senhor presidente convive muito mal com esta posição política. Obviamente que eu admito que se o PSD estivesse a gerir a Câmara tivesse um orçamento que até pudesse, por hipótese, ser muito próximo daquele que foi apresentado. Mas quando o PSD vota contra, vota porque sabe que a Câmara não vai ficar sem Orçamento, porque o executivo que gere a Câmara tem uma maioria que o suporta. O PSD votou contra alegando uma série de situações, dizendo que nós gostaríamos de aprovar um orçamento que permitisse e perspetivasse, para o ano de 2016, uma série de investimentos que são essenciais para o concelho do Cartaxo, para a qualidade de vida, e que, infelizmente, não vimos plasmados no documento, por culpa dos executivos socialistas que geriram a Câmara do Cartaxo. Nós apresentámos um voto político. Ou seja, nós gostaríamos que o orçamento fosse outro, e é legítimo, aos cidadãos do Cartaxo, esperarem da Câmara e verem, naquilo que é a concretização do plano de despesas da Câmara, algumas obras que tivessem repercussão na melhoria da vida das pessoas. O que acontece é que temos um orçamento moldado à medida da dívida.
Não fomos nós, foi sempre o PS, que teve sempre maiorias para fazer aquilo que lhe apetecia e bem entendia, que levou a Câmara ao sítio onde está, para agora termos os impostos mais elevados, não termos a compensação do IRS e não termos a Câmara a fazer aquilo que lhe compete.
Há aqui muitas coisas que nos levam, muitas vezes, a ter um voto político.
Na proposta do arquivo Municipal, acho que o presidente não foi muito correto. O PSD tem nos seus programas desde há muito tempo a criação de um Arquivo Municipal. Tem que haver uma deliberação a instituir o Arquivo Municipal, nomeadamente o Arquivo Histórico. Faz sentido que haja uma deliberação camarária. Ainda bem que o senhor presidente de Câmara aceitou levar a proposta do PSD a reunião de eleitos, porque não existia, porque a proposta foi feita pelos nossos vereadores. Quem tem poder para aceitar ou não a inclusão de propostas é o senhor presidente de Câmara. Se achava que o Arquivo Municipal já existia só tinha uma coisa a fazer, que era dizer que o Arquivo já existe. E aí, com certeza, nós iríamos perguntar onde é que o arquivo estava, ou em que reunião ou Assembleia Municipal tinha sido aprovado o seu regulamento.
Mas é, mais uma vez, a tal história da menorização que o senhor presidente de Câmara dispensa à oposição, nomeadamente ao PSD, porque as nossas propostas ou são muito pequeninas e não são determinantes, ou já existem. Enfim…
As minhas ambições políticas passam pela presidência do PSD Cartaxo. Não tenho nenhuma ideia de ser candidato à Câmara.
Quais são as suas ambições políticas?
Essa é fácil de responder. As minhas ambições políticas passam pela presidência do PSD do Cartaxo. Não tenho nenhuma ideia de ser candidato à Câmara.
O que não quer dizer que não seja…
Alguém dizia ‘nunca digas nunca’, mas admito como muito pouco provável.
As minhas ambições políticas passam por conseguir o melhor resultado possível para a estrutura que lidero e, obviamente, que a minha disponibilidade dentro do partido é total. Agora, acho muito pouco provável que eu venha a ser candidato à Câmara em 2017.
Irei fazer parte de listas? É provável que sim. Serei o candidato à Câmara? O presidente da Comissão Política, em última análise, se não houver mais ninguém, está lá ele. Mas acredito que há pessoas, dentro do PSD, ou até mesmo independentes, que poderão trazer um aporte, se calhar, maior que o meu enquanto presidente da Comissão Política. Não vou dizer nunca, mas acho muito pouco provável que seja eu o candidato à Câmara.
Já têm candidato?
Não temos candidato nenhum.
Mas há possíveis candidatos…
Possíveis candidatos há sempre. O PSD do Cartaxo tem, felizmente, no seu seio, pessoas, militantes ou independentes próximos do PSD do Cartaxo, que são putativos candidatos.
Jorge Gaspar pode ser o candidato do PSD?
Não faço ideia. Mas é uma das pessoas que reúne todas as condições para ser candidato nas próximas eleições. Mas eu não posso, a esta distância, estar a comprometer o PSD com uma figura.
Podemos colocar a questão de outra forma. Jorge Gaspar seria o candidato do José Augusto de Jesus?
Eu não posso responder.
Mas ele parece andar já em pré-campanha eleitoral…
O Jorge Gaspar é militante do PSD há muitos anos. Tem, com muita assiduidade, acompanhado a vida do partido. Tem ido, ultimamente, a alguns acontecimentos sociais no Cartaxo, porque a vida dele, neste momento, lhe permite fazer isso.
Gostava de contar com o Nuno Nogueira?
O Nuno Nogueira não é alguém de quem lhe possa falar como, por exemplo, falei do Jorge Gaspar e do contributo que ele dá a esta estrutura. Não posso falar do Nuno Nogueira, porque o Nuno Nogueira é um ator político, pertence ao Movimento, e eu estar a comentar alguma coisa sobre o Movimento significa que estaria a ter uma atitude de ingerência, da qual eu não quero ser acusado. O Movimento nasceu, está a fazer o seu trabalho, tem duas juntas de freguesia, não tenho conhecimento que seja um fenómeno que vá acabar. Posso dizer que, se o Movimento acabar, admito como possível que algumas pessoas possam retornar ao PSD.
E o Nuno Nogueira anda a ‘namorar’ o PSD…
Garanto-lhe que o Nuno Nogueira não anda a ‘namorar’ o PSD. Garanto-lhe que eu também não ando a ‘namorar’ o Nuno Nogueira. Devo dizer que o PSD tem tido, em reunião de Câmara, algumas posições… eu não lhe chamaria concertadas, mas há uma proximidade que não existiu com os eleitos do PS. Se com isso se quer dizer que há aqui um ‘namorico’, eu não vejo as coisas por aí, prefiro acreditar na bondade das propostas e naquilo que é a avaliação que os eleitos do Movimento fazem às propostas que o PSD apresenta e vice-versa.