Quando o dia tem 48 horas: síndrome do cuidador

Por Raquel Marques Rodrigues

As férias já bateram à porta, mas nem todos esperam gozá-las fora da sua rotina diária. Os deveres e as obrigações falam mais alto, e as folgas, feriados e períodos de lazer são esquecidos, mas porque motivo?
Muitas são as pessoas que assumem o cargo de cuidadores informais, 24 horas sobre 24 horas. Mas afinal, quem são os cuidadores diretos? Os cuidadores, papel assumido pelos filhos, na sua maioria pelas mulheres, ou seja filhas e noras, amigos e ou vizinhos, prestam assistência a pessoas dependentes, enfrentando diariamente desafios que exigem uma enorme agilidade física e mental, culminando em experiências com emoções positivas e negativas.

Estas últimas situações, gerados pelo stress, desenvolvem sentimentos de ansiedade, culpa, tristeza, irritabilidade, alterações de humor, impotência, intolerância, o que conduzirá, inevitavelmente, a um péssimo desempenho na prestação de cuidados.
No entanto, os cuidadores não são super heróis. São pessoas. São seres que necessitam também de descansar de forma a permitir recuperar a sua energia. O descanso melhora a qualidade de vida e prolonga a nossa longevidade.

Por isso, cada vez mais, famílias recorrem a casas de repouso por um fim-de-semana, quinze dias ou até um mês, para que estas acolham seus familiares, para que não fiquem sós em casa, garantindo simultaneamente o seu conforto e bem estar.

Estadias temporárias é uma solução para o seu merecido descanso. Adapte estratégias para seu dia a dia para facilitar as suas tarefas, reforçando as suas redes sociais, pedindo ajuda e aconselhamento aos profissionais de saúde.

Se não reservar tempo para si, fazer planos e continuar a sonhar, será você quem vai precisar de ajuda. Vá de férias descansado. Invista no seu lazer.

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