Refletindo sobre privacidade

Opinião de Miguel Ribeiro

Hoje em dia há muitas questões sobre a privacidade, sobretudo porque nunca estivemos tão expostos como agora. Com os meios digitais que existem e estão disponíveis a qualquer pessoa, é impossível pensar que vamos algum dia conseguir estar imunes a ser filmados, fotografados, gravados, localizados… é praticamente impossível e, cada vez, vai ser mais impossível.

Provavelmente, nesta altura, se quiséssemos, por exemplo, apagar todos os nossos “vestígios” online isso também seria praticamente impossível. Então, temos de assumir que a nossa privacidade total, cada vez mais, vai deixar de existir. E temos de aceitar isso como uma facto, pois com a capacidade de fotografar e de filmar e com os equipamentos que existem atualmente, como por exemplo, os telemóveis, as câmaras, as televisões, os computadores, as consolas, os relógios, os óculos, as canetas, os botões, os drones, os brinquedos, a vídeo-vigilância, satélites, etc.

É praticamente impossível não haver um registo digital nosso, em algum lado e de alguma forma. Eu acredito que, cada vez mais, os momentos de privacidade do ser humano vão ser mais reduzidos e a um passo mais acelerado. Tomando isso como algo que é praticamente impossível de voltar atrás, como se vê em casos reais e testados com o ser humano, como no programa de televisão Big Brother, onde os concorrentes passado algum tempo deixam de ter a noção que estão a ser filmados, o mesmo acontecerá com a nossa sociedade.

Sermos filmados ou fotografados vai estar tão presente no nosso meio que não só nos vamos ambientar a isso como, também, vamos interagir com esse facto.

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