O projeto de regulamento de estacionamento no Município do Cartaxo foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis do PS e do PSD e o voto contra do vereador Nuno Nogueira, eleito pelo PV-MPC (Paulo Varanda – Movimento Pelo Cartaxo).
Este projeto de regulamento “nada tem a ver com o projeto que foi a referendo há uns anos”, que previa o estacionamento pago em mais de 800 lugares na cidade do Cartaxo (620 à superfície e 200 em estacionamento subterrâneo), em concessão privada, esclareceu Pedro Ribeiro, presidente do Município.
Segundo o autarca, “apenas vamos tarifar praticamente aquilo que era tarifado à superfície antigamente, quando estavam a trabalhar os parquímetros. Há ali uma parcela de 20 metros que foi acrescentada porque, antigamente, na Rua Luís de Camões, ao virar para a Câmara acabava, e agora vai até ao cruzamento com a Manuel Gomes da Silva. É a Rua Batalhoz, no entroncamento entre a Rua de Rio Maior e a Praça 15 de Dezembro, que já era no passado; a Rua Serpa Pinto até ao entroncamento com a Travessa da Amendoeira; depois, é o parque da Câmara, e mais nada”.
Pedro Ribeiro disse, também, que “no estacionamento subterrâneo temos várias modalidades. 24 horas, período noturno, período diurno… Tudo isto está dentro da média da região”. Além disso, “vai haver um cartão-residente”, esclareceu.
O vereador Nuno Nogueira confessou que “não me sinto totalmente à vontade para poder deliberar este regulamento”, até porque ainda não está concluído o estudo de tráfego e continuam a decorrer obras de requalificação na rede viária. “Eu penso que seria mais prudente realizarmos as obras, vermos como é que as coisas vão correr, ter a Mouzinho de Albuquerque a funcionar na sua plenitude e, após isso, votarmos todos com mais prudência”, acrescentou.
“Acho que uma coisa não tem a ver com outra. Acho que a pior coisa que pode haver é um político com medo de tomar decisões, e aquilo que eu aqui observo, é a minha interpretação, é, mais uma vez, na hora de decidir, é o ‘nim’, é o adiar porque, de facto, tomar medidas difíceis já percebemos que não é para todos e dar a cara por elas não é para todos”, contrapôs Pedro Ribeiro.
Pedro Ribeiro acrescentou que “eu acho que é feio, perdoe-me a frontalidade, fugirmos a estas questões só porque são impopulares”. “Eu, enquanto presidente de Câmara, se quisesse fugir a uma medida impopular de aumentar tarifários, dava exatamente essa argumentação. Ainda há pequenas obras a fazer no parque e, portanto, não se justifica estar já a falar no regulamento. Era essa a argumentação que eu usava”, disse.
Vasco Cunha, do PSD, referiu que “relativamente à proposta de tarifário para a área geográfica que foi definida dentro da cidade, nós concordamos com a opção minimalista que foi aqui adotada”.