Foi apresentado, na reunião de Câmara de segunda-feira, que decorreu em Pontével, o projeto de requalificação da Rua de São Sebastião e Largo do Pelourinho, no âmbito do Plano Estratégico de Desenvolvimento Urbano (PEDU).
Esta é a segunda fase de reabilitação do centro histórico do Cartaxo, depois de também a Rua Mouzinho de Albuquerque ter sido intervencionada.
Pedro Nobre, vereador do Urbanismo, explicou que o projeto abrange, também, a Rua Serpa Pinto ou a Rua José Ribeiro da Costa, por exemplo, que também sofrerão intervenções ao nível das infraestruturas, passeios ou rede viária.
O objetivo é tornar o miolo da cidade mais amigo do ambiente, mais atrativo para a população, com prioridade para o trânsito pedonal, mais passeios e mais largos, ciclovias e a criação de bolsas de estacionamento, por exemplo.
O vereador Jorge Gaspar, do Juntos Pela Mudança (JPM), lembrou que ainda recentemente foi apresentado de um estudo de mobilidade e circulação na cidade, “esse sim, um documento que, do ponto de vista global, definia princípios, definia, também, algumas orientações, que depois iríamos, seguramente, discuti-las, para a mobilidade e, em particular, para a circulação rodoviária e pedonal na cidade do Cartaxo”. Assim, o vereador considera que os documentos não podem ser dissociados, porque “este instrumento que agora nos foi apresentado é um instrumento decisivo no quadro global de mobilidade e da circulação na cidade do Cartaxo, que não existe. Nós temos, portanto, uma peça do lego sem termos o lego completo”. Assim, o vereador considera que “ao votarmos este instrumento, estaremos a votar o menos sem fazermos a mínima ideia sobre qual será o mais”. Por isso, questionou se vai avançar o estudo de viabilidade de reabertura da Nacional 3, se a Câmara Municipal tem algum estudo de medição do ruído, ou algum estudo de medição da poluição atmosférica. “É que se o tem nós não conhecemos, se não o tem está a por, também por essa razão, o carro à frente dos bois”, criticou.
O vice-presidente do Município, Fernando Amorim, esclareceu que o estacionamento à superfície vai ser pago, “não nestas zonas, mas vai ser pago nas zonas onde supostamente já era pago, Rua Batalhoz, Rua Luís de Camões e Serpa Pinto. Aliás, é uma premissa do FAM (Fundo de Apoio Municipal)”.
No que respeita ao projeto, o autarca esclareceu que “este projeto, da forma como está desenhado, não vai condicionar nada. Nem o trânsito, que vai ser mantido no sentido que está atualmente. É mesmo uma questão de recuperação destas zonas a nível de pavimento e toda a envolvente urbanística”.
O projeto foi aprovado por maioria, com os votos contra dos dois vereadores do JPM.