Um robô não pode ferir um ser humano ou permitir, através da inação, que algum mal aconteça a um ser humano.
Um robô tem de obedecer às ordens de um ser humano, exceto quando essas ordens entrem em conflito com a primeira lei.
Um robô deve proteger a sua existência, enquanto essa proteção não entrar em conflito com a primeira ou a segunda lei.
Passaram 65 anos desde que estas leis da robótica foram escritas por Isaac Asimov, na sua série de ficção científica, “Eu, Robô”.
Em 1999 foi introduzida uma outra lei, por Fuller: “Um robô pode tomar o trabalho de um ser humano, mas não pode deixar esse ser humano desempregado”.
A evolução tem sido uma constante, nesta corrida de conseguir suprimir as limitações dos seres humanos, sobretudo em termos de resistência, de capacidade de produção de trabalho e da repetição de tarefas.
Quem trabalhou na GM decerto que se lembra da diferença que os robôs trouxeram à linha de montagem e de pintura.
Esta tecnologia está a dar passos cada vez maiores (ou menores, dependendo da perspetiva).
Tal é o caso da utilização de robôs microscópicos para a realização de atos clínicos como a limpeza de artérias (nano robôs) como a criação de fatos especiais para aumentar as capacidades de quem os usa (exo-esqueletos).
À medida que os robôs vão entrando nas nossas vidas e no nosso quotidiano, o fenómeno vai deixando de o ser, passando a ser natural.
A utilização de robôs na medicina tem sido particularmente fértil, com exemplos de exo-esqueletos para apoio a recuperações motoras e a utilização de próteses robotizadas, com níveis de ajuste e adaptação muito superiores às tradicionais.
O futuro reserva-nos algumas surpresas, como a Tele-Medicina, a cada vez maior utilização de robôs clínicos, para ações que requerem uma “mão” que não trema e uns “olhos” que não tenham estigmatismo. Já existem assistentes clínicos completamente robotizados, cujas margens de erro são mínimas quando comparadas com os seus congéneres humanos.
O problema é olhar apenas para estes fatores (os da produtividade) e deixar de lado questões como a capacidade de análise de problemas (sobretudo os inesperados) e de procura de soluções alternativas, algo que os robôs não fazem lá muito bem…
Nem tudo é robotizável e por isso é que o fator de controle humano tem de ser sempre o que previne que a série “Terminator” seja uma realidade.
O cómico de um gato a perseguir um pato, a cavalo num robô de limpeza fez mais por esta tecnologia que todos os programas que possam existir.
Mais uma vez, o ridículo e a sátira quebram barreiras e aliviam as pressões que estão a aparecer, sobretudo pelos receios da perda de postos de trabalho em favor dos robôs.
Esse é um risco que deve ser considerado aquando da adoção deste tipo de tecnologias e é algo que acontece sempre que a inovação entra em campo.