Está patente, no Centro Cultural do Cartaxo, a exposição de pintura a stencil “Rostos Intemporais”, de Sérgio Clemente.
Nascido em 1977 no Cartaxo e residente na Ereira, Sérgio Clemente desde cedo começou a mexer em tintas e vernizes, devido à sua atividade profissional.
Apesar ter concluído o 12º ano em regime pós-laboral, depois de já estar a trabalhar, o interesse pelo restauro de peças antigas, de forma a torná-las mais contemporâneas, acompanha-o desde muito novo, e levou-o a resaturar máquinas de costura, toucadores, baús, entre muitos outros objetos.
Na busca por novas técnicas, Sérgio encontrou o stencil, que aliou aos conhecimentos de informática que entretanto tinha adquirido, e que lhe permitem criar e editar os seus próprios stencils.
O processo é demorado, “no mínimo, oito horas, só a cortar cada quadro, mas o último que fiz, que é o que eu gosto mais até agora, o Salvador Dali, demorou-me cerca de 12 horas de cortes, mais ou menos, fora o pintar. E não estou a contar com a edição de imagem”, explica Sérgio Clemente.
Esta é a primeira exposição do artista. Apesar de ter já muitos seguidores na sua página de Facebook, Ereiracity Stencil Paint, e de já ter muitas encomendas, ainda não consegue viver da sua arte. “É um sonho e estou a investir nele, mas espero bem que, brevemente, passe de um sonho para a realidade”.
Uma exposição com muita gente dentro dos quadros. Muita gente que reconhecemos ao primeiro olhar – pelo talento, pela beleza, pela genialidade, pela liderança. São Rostos Intemporais que habitam o nosso imaginário, rostos de gente que escreveu palavras que citamos, que compôs músicas que não saem de moda, que falou pela humanidade, gente que seguimos ou imitamos.
A exposição Rostos Intemporais é sobre artistas e políticos, pintores e cineastas, escritores e atores, mas é também sobre o tempo em que viveram, a cultura que marcaram, o mundo sobre o qual refletiram e o modo como o mudaram.
A exposição pode ser vista até dia 29 de julho.
Esta exposição vai estar patente na Nazaré em outubro.