Desafiado pela Fátima Rebelo a criar uma rubrica de conteúdos ligados á terra, aos agricultores, trabalhos agrícolas, costumes e tradições que desde a fundação do concelho fizeram parte integrante deste nosso território, tantas vezes esquecidos, tantas vezes menosprezados, e que no fim de contas desde os primórdios da fundação deram um enorme contributo para o reconhecimento nacional do que que hoje somos.
O projeto base, passa pela recriação de trabalhos agrícolas ligados principalmente à vinha e ao vinho, vivenciando as atividades conexas ligadas a esses mesmos trabalhos, descrevendo de forma simples e sintética as normas e procedimentos adotados ao longo dos anos na execução dessas mesmas tarefas, sem muita preocupação em seguir uma linha de pensamento ou teoria, mas sim tentar passar para as gerações futuras o valor do trabalho agrícola, o contributo dos agricultores e da nossa ruralidade.
Independentemente da evolução dos tempos, das novas tecnologias e de toda a globalidade que hoje em dia nos condiciona, a sinergia criada pelos nossos antepassados acresce valor ao nosso território que deverá ser valorizada.
Neste projeto, conto com colaboradores amigos e população em geral, tendo sempre em conta que poderão existir falhas, que acredito serão colmatadas com o contributo dos nossos leitores, sendo que o foco será sempre enaltecer, valorizar e divulgar os nossos costumes, tradições e principalmente o trabalhador agrícola.
Para o arranque da rubrica foi escolhida simbolicamente a praça do município, no coração do Cartaxo e convidado o presidente da Câmara, João Heitor, a participar na tarefa da “poda”, tendo como equipa “rancho” composto por um elemento da nova geração de agricultores Luís Rolaça, coadjuvado pelo amigo José Mateus que apesar de reformado mantém a ligação à vinha e a responsabilidade de manter uma atividade que os seus antepassados lhe deixaram.
Como apoio técnico contei com o Manuel Carlos Bagorro Linhas, alentejano de sangue, mas ribatejano de coração, que se disponibilizou de imediato, com larga experiência no setor, conhecimento técnico e uma vida ligada à atividade agrícola.
Não se pretende com esta rubrica descrever de forma exaustiva ou técnica os trabalhos agrícolas, mas sim de forma simples apresentar uma realidade que dá, e sempre deu um contributo enorme para a economia do nosso concelho, valorizando os intervenientes nesta nossa ruralidade.