São só teorias que podiam dar um filme… ou sair da tela…

Por Luís Miguel Rato
O que vou escrever pode ser polémico, ou talvez não. O que vou escrever podia ser parte de um qualquer livro de ficção, ser um episódio de uma série da HBO, Netflix ou outros tantos canais que existem hoje à disposição dos consumidores.

O que vou escrever é algo que comecei a ouvir há alguns anos, em conferências, apresentações, ou mesmo a ler ou assistir em documentários sobre teorias que fazem futurismo sobre a humanidade e os seus desígnios. Na altura achei ridículo ou no mínimo achei que demoraria mais 40 anos até que as “profecias”, (era assim que via), se concretizassem.

Assim, para que depois não venham cair em cima de mim, deixo já bem explicito que para algumas pessoas que vão ler este artigo, peço que considerem isto como “teoria absurda ou da conspiração” e para outras, “pesquisem mais por favor”.

Cada cabeça deve fazer o puzzle à medida das suas peças…

Assim, o que quero escrever é muito mais vasto do que a situação atual do Covid, da crise pandémica, do mundo tumultuoso que temos hoje.

Há alguns anos ouvi falar de IA – inteligência Artificial – e automação de uma forma diferente. Ninguém falou de robôs inimigos, daqueles que nos condicionam ou passam a mandar em nós. Não. Ouvi falar de uma IA que iria substituir humanos nos seus postos de trabalho. Isso pareceu me uma coisa boa. Finalmente iriamos ter robots (não aqueles robots fofinhos e com cara e corpo de humanos, mas máquinas) que passariam a fazer o trabalho por nós.

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Só que não. Não são esses robots, são outros, máquinas sem rosto, mas altamente eficientes, potentes, super inteligentes, tão inteligentes que acabam por empurrar para fora do mercado de trabalho milhões de pessoas.

Se pensarmos bem, isso hoje já é verdade. Ontem também era.

Recordam-se quando as auto estradas tinham portagens com gente? Os portageiros?
Quando as lojas tinham só terminais de pagamento operados por senhoras e senhores?
E quando as fábricas empregavam 250 pessoas, 300, 600 e mais?
E quando as agências de viagem eram lojas físicas de rua ou em centros comerciais? E quando as empresas tinham telefonistas, recepcionistas e afins?

Na verdade a redução de empregos tem sido feita gradualmente e as sociedades ajustam-se aos novos tempos. Não há emprego aqui, arranja-se ali. Não dá nesta área, vai-se para outra…e por aí diante.

Mas de facto neste momento a IA está a progredir a passos largos. Hoje é possível gerir uma empresa através do telemóvel, é possível dispensar funcionários fabris e substituir por robots eficientes, que não faltam por doença, ajuda à família, não tiram férias, não reclamam, trabalham turnos seguidos e permitem um lucro incrível, estando amortizado o investimento em pouco tempo.

Hoje no índice de profissões em risco, nos EUA está a profissão de médico. Sabem porquê? Empresas como gigantes e de destaque mundial estão a construir máquinas e softwares que podem facilmente substituir o olho clínico.

Uma pessoa entra na máquina e tem de imediato um gigante “RX” que indica todas as doenças e estado físico do paciente. Os médicos que serão necessários serão apenas os cirurgiões e, mesmo assim, esses serão assistidos por outras máquinas, a tal IA, auxiliar precioso para que se alcancem resultados excecionais.

Bem, mas voltando acima…
O que é que este Covid e esta crise pandémica tem a ver com a explosão da Inteligência Artificial e automação nos maios variados sectores da economia?

Pois, o COVID é o argumento ou desculpa perfeita que vai, ou já está a justificar os milhões de desempregados que em todo o mundo não voltarão ao mercado de trabalho!

Se fosse por conta de decisões de governos de todo o mundo, seria provável que o ser humano de revoltasse, que reagisse, que culpasse os políticos e quisesse “parar” a infiltração crescente da Inteligência Artificial.

Assim, com o Covid, está “justificado” o terramoto fenomenal que as sociedades sentirão, com a perda de milhões de empregos, falência de empresas, aniquilação de projetos e atividades.

Legitimamente, muitas pessoas perguntarão: “Ok, milhões de desempregados, fora do mercado de trabalho, para sempre. E o que farão os governos com estas pessoas, livres, desocupadas?
Pois os governos darão subsídios. Este modelo tem sido estudado há muito e prevê que em determinado período da história da humanidade, seja preciso atribuir subsídios a pessoas que não têm lugar no mercado de trabalho, pejado de IA e automação, mas que precisam de continuar a viver, ou sobreviver, pagar contas e…ter entretenimento suficiente para que não se tornem rebeldes, aborrecidos ou agressivos.

Com valores que podem rondar os 700 ou mais euros, passaremos a ter uma sociedade dividida em duas: os que terão acesso ao mercado de trabalho e os que viverão de subsídios atribuídos pelos Estados e que terão tempo livre suficiente para usar nas infraestruturas, entretanto edificadas por multinacionais e que reabsorverão parte desse mesmo subsidio atribuído a quem não pode ou está impedido de trabalhar.

Resta pensar se estas infraestruturas não serão lançadas por elites onde, de forma promiscua, estacionam dirigentes e donos de grandes empresas de cariz mundial.

Tudo isto é ficção. Repito, tudo isto são coisas que ouvi aqui e ali e que parecem encaixar-se num puzzle onde o Covid serve de “argumento” universal ao surgimento de uma nova ordem mundial.

São só devaneios que iriei aproveitar para ver se escrevo um livro.

Isuvol
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