Este domingo à tarde o PSD e a JSD do Cartaxo reuniram um grupo de pessoas ligadas ao partido, para lembrar a história da fundação do PSD, assim como fazer um apanhado da sua evolução local e nacional.
João Pedro Oliveira, presidente da JSD do Cartaxo, e José Augusto Jesus, presidente do PSD concelhio, fizeram a apresentação dos oradores ali presentes – Amândio Pina, Vasco Cunha, Paulo Colaço e José Matos Correia – com o objetivo de “dinamizar as nossas estruturas e honrar o passado e as pessoas que se esforçaram para a implementação do projeto social democrata no concelho do Cartaxo”.
Presentes, entre a pequena audiência na Quinta das Pratas no Cartaxo, estiveram alguns dos militantes mais antigos do partido e grandes impulsionadores do PSD no concelho, como Plácido Ramos, Rafael Teixeira e Amândio Pina, um dos oradores encarregue de contar um pouco da história do partido no concelho. Mesmo não se considerando “a pessoa mais indicada para estar aqui”, “não posso dizer não ao PSD”, referiu Amândio Pina, que trouxe várias memórias do que era ser do PSD na altura da sua fundação, em 1974. “Era preciso ter coragem para ser do PSD naquela altura”, conta o ex-presidente concelhio do partido social democrata, que se lembra da perseguição que muitos sofreram.
Mais novo, mas com vários anos de entrega ao PSD concelhio, distrital e nacional, Vasco Cunha, actual vereador na Câmara Municipal do Cartaxo e ex-deputado à Assembleia da República, foi outro dos oradores convidados neste dia e começou por agradecer aos seus “pais políticos do PSD do Cartaxo” (Rafael Teixeira e Amândio Pina), passando a contar toda a história do PSD do concelho, através de fotografias, imagens documentais e gráficos que retrataram a ação política concelhia, a sede do partido, as personalidades incontornáveis, os 40 anos passados e os resultados eleitorais.
Paulo Colaço, atual membro do Conselho de Jurisdição Nacional do PSD, lembrou a sua ligação à JSD do Cartaxo, na sua juventude, e ali falou da história e função da JSD que, tal como contou, “nasceu nas escolas e faculdades”, com os jovens que, na altura, “ouviam Sá Carneiro”.
Por último, José Matos Correia, deputado e vice-Presidente da Assembleia da República, falou do panorama político actual, não poupando críticas ao actual primeiro-ministro, assim como a todos os governos socialistas. José Matos Correia fez ainda questão de frisar que “o PSD não é um partido de direita”, estando, “quanto muito, à direita dos partidos de esquerda” que pretendem, segundo o também professor na Universidade Lusíada de Lisboa, com este tipo de afirmações “radicalizar o partido e ganharem espaço”.
No final da sessão, as intervenções surgiram no sentido de haver uma maior necessidade de abertura do partido, a nível concelhio, para desta forma se conseguirem atrair mais pessoas, ainda que independentes, mas que traduzam melhores resultados para o PSD.