Suplementos alimentares: quem precisa e quando precisa

Hoje é Dia Mundial da Alimentação!

Existem variadíssimos suplementos alimentares no mercado, mas a quem se destinam? Quando é que os suplementos alimentares são benéficos, prejudiciais?

Segundo um estudo do Conselho Europeu de Informação Alimentar, a ideia subjacente aos suplementos alimentares, também chamados de suplementos dietéticos ou nutricionais, é fornecer nutrientes que possam não estar a ser consumidos em quantidade suficiente para satisfazer as necessidades do organismo. Os suplementos alimentares podem ser, entre outros, vitaminas, minerais, aminoácidos, ácidos gordos, que são fornecidos na forma de comprimidos, tabletes, cápsulas, líquidos e estão disponíveis no mercado numa variedade de dosagens e diferentes combinações. Contudo, é necessária apenas uma determinada quantidade de cada nutriente para que o nosso organismo funcione adequadamente, sendo que doses superiores não são necessariamente benéficas. De facto, em doses elevadas, algumas substâncias podem causar efeitos adversos e representar um perigo para a saúde.

Quem necessita
Os suplementos não são substitutos de uma alimentação saudável e equilibrada. A prática de uma alimentação que inclua uma grande variedade de fruta, hortícolas, cereais completos, quantidades adequadas de proteína e gorduras saudáveis fornece geralmente todos os nutrientes necessários à boa saúde. Em parte devido ao nosso estilo de vida moderno, nem todos os indivíduos são capazes de praticar uma alimentação saudável. Na Europa, os resultados dos inquéritos alimentares sugerem que existem níveis de ingestão ótimos para vários micronutrientes. O projeto EURRECA, financiado pela União Europeia, detetou níveis de ingestão inadequados para a vitamina C, vitamina D, ácido fólico, cálcio, selénio e iodo.

Baixos níveis de ingestão de ferro em mulheres jovens estão associados ao aumento do risco de nascimento de bebés com baixo peso, deficiência de ferro e atraso do desenvolvimento cerebral. Os níveis de ácido fólico são igualmente críticos para as mulheres que desejam engravidar. Estas são aconselhadas a tomar ácido fólico antes da conceção e durante as primeiras 12 semanas de gravidez. A ingestão ótima de ácido fólico está associada à diminuição do risco dos bebés apresentarem defeitos do tubo neural, designadamente espinha bífida. Investigações recentes sugerem que 50 a 70 por cento dos europeus apresentam baixo status de vitamina D. O status de vitamina D depende não só da ingestão alimentar, mas também da exposição à radiação UV da luz solar.

Riscos particulares para grupos específicos da população
Apesar de poderem desempenhar um papel na saúde de alguns indivíduos, nem todos os suplementos alimentares são úteis para toda a gente. De facto, para certas pessoas, não se recomenda, de todo, a toma de determinados suplementos. Estudos demonstram que os suplementos multivitamínicos podem contribuir para um aumento do risco de ingestão excessiva de nutrientes e, por isso, tem-se vindo a sugerir que a formulação destes suplementos tenham em consideração o aporte de micronutrientes fornecido pelos alimentos. Para as mulheres grávidas, por exemplo, os suplementos que contêm vitamina A (retinol), incluindo os óleos de fígado de peixe, podem ser perigosos e causar defeitos ao nascimento no caso das doses recomendadas serem ultrapassadas. Os resultados dos estudos demonstraram igualmente que os fumadores devem ser cautelosos na toma de certos suplementos, como o beta-caroteno.

Alguns grupos populacionais são aconselhados a tomar suplementos específicos. As mensagens chave são: praticar uma alimentação saudável e equilibrada, ler atentamente os rótulos dos suplementos alimentares e dos alimentos fortificados e evitar consumir doses que excedam as doses diárias recomendadas. Em caso de dúvida, procure aconselhar-se com um nutricionista ou um médico antes de escolher tomar um suplemento alimentar.

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