Foi inaugurada, ao final da manhã de terça-feira, 29 de março, a nova sede da Tagus Gás, na Área de Localização Empresarial do Falcão, no Cartaxo, a primeira empresa a instalar-se neste parque de negócios.
A Tagus Gás já investiu cerca de 110 milhões de euros desde 1998, transportou 105 milhões de metros cúbicos de gás natural e é a distribuidora em 21 dos 36 concelhos onde tem a concessão, nos distritos de Santarém e Portalegre.
Pedro Ribeiro, presidente da Câmara do Cartaxo, disse que “estamos num parque de negócios que está a dar os primeiros passos para a instalação de empresas, com um investimento, do ponto de vista municipal, ao nível das infraestruturas, de cerca de 2,5 milhões de euros. Como podem verificar, e um parque de negócios bastante diferenciador àquilo que é a norma do País, e com uma localização privilegiada. Estamos em crer que, de facto, temos condições de grande competitividade neste parque de negócios e temos a expetativa de, a curto prazo, agora que ele está infraestruturado, poderemos ter aqui muito mais empresas, muito mais riqueza, criação de postos de trabalho no nosso concelho”.
Para além da localização geográfica privilegiada, este parque de negócios “também é competitivo a nível de preços, sendo cerca de um terço mais barato que a zona que está aqui mais próxima, que é a zona do Carregado, com uma grande vantagem, que é as empresas que aqui se instalarem, para efeitos de fundos comunitários, o Cartaxo é Alentejo”, prosseguiu.
José Eduardo Carvalho, presidente do Conselho de Administração da empresa, lembrou as origens da empresa, enquanto tentativa de “criar condições de competitividade às empresas localizadas no litoral e também ia dar bem-estar aos cidadãos dos aglomerados populacionais”, devido à existência de um gasoduto de primeiro escalão que atravessava o subsolo do distrito de Santarém. “Esta situação acabou por traçar o ADN desta empresa em quatro factores distintivos: o primeiro, a necessidade e a grande preocupação de acrescentar valor e criar condições de competitividade ao setor transacional da economia desta região; o segundo, conciliar rentabilidade com serviço público; o terceiro, dar prioridade, nos investimentos, ao consumo industrial; e o quarto, colaboração com as autarquias”, referiu, sendo que a Tagus Gás é a única distribuidora no País que tem 19 autarquias na sua estrutura acionista.
Miguel Henriques, administrador da Tagusgás, revelou que a empresa tem cerca de 35 mil clientes, dos quais 185 consomem mais de dez mil metros cúbicos por ano. Os dez clientes que mais consomem representam 68 por cento do total do consumo. “Ou seja, 90 por cento da nossa actividade dirige-se a 0,3 por cento de clientes”, salientou Miguel Henriques.
Presentemente, a empresa encontra-se a estudar a introdução de energias renováveis e de gás veicular.
A cerimónia contou com as presenças do Secretário de Estado da Energia, Jorge Sanches, e do Secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos.
O Secretário de Estado da Energia referiu que “a inauguração deste edifício é, a todos os títulos, exemplar, do ponto de vista da sustentabilidade”.
O governante adiantou que “nós partimos de uma situação em que o gás natural está no topo dos mais caros da Europa. Temos de aprofundar o Nib-gás com Espanha”, que é um país que já “evoluiu, muito antes de Portugal, ao nível das infraestruturas do gás natural e, ao aprofundarmos com eles a criação de um Nib-gás, á semelhança do que já acontece na área da electricidade, onde os preços estão muito alinhados, possamos fazer o mesmo com o gás em relação a Espanha”. A eliminação das taxações da passagem de gás entre Portugal e Espanha é outro dos objectivos deste governo. “Nós temos de trabalhar no sentido de que estas barreiras administrativas de um mercado que nós queremos que seja verdadeiro na União Europeia sejam eliminadas a favor dos consumidores”, concluiu.