Um ano após a tomada de posse dos eleitos nas autárquicas de 2017, é tempo de fazer o primeiro balanço do trabalho desenvolvido.
Apesar de a Câmara do Cartaxo estar em rutura financeira, segundo o Conselho das Finanças Públicas, “eu gosto de ser construtivo e positivo. Acho que temos feito um caminho dentro daquilo que era expectável para a situação em que encontrámos o Município”, diz Pedro Ribeiro, presidente da autarquia.
E as críticas não se fazem esperar. “Porventura, temos algumas pessoas, nas forças políticas da oposição, com memória curta. Eu não me esqueço, e penso que as pessoas que acompanham a atividade pública também não, do estado em que encontrámos este Município, e todos os dias renovamos essa esperança com trabalho, com a proximidade que cultivamos às pessoas, não somos daqueles que só estão próximos das pessoas em anos eleitorais, nós estamos próximos das pessoas, das empresas, das instituições todos os dias, trabalhamos com elas para encontrar soluções”.
O autarca continua a garantir que “hoje, temos a Câmara mais estabilizada do ponto de vista financeiro, com muitas dificuldades mas estabilizada, sabemos claramente aquilo com que podemos contar, e trabalhamos diariamente para, dentro dos recursos que temos, que não são aqueles que nós gostávamos, quer financeiros quer humanos ou de equipamentos, para tirar o melhor partido deles para chegar mais longe e para chegar a muitas situações para resolver”.
As perspetivas para o atual mandato são, apesar de tudo, positivas. “No mesmo mandato, concretizar a ETAR de Pontével, a ETAR de Valada, a ETAR da Lapa e Ereira, acho que é histórico; vamos, daqui a pouco tempo, dar melhores condições a quem estuda em Pontével e nas freguesias adjacentes com o novo Centro Escolar; vamos conseguir, neste mandato, realizar obras na Escola Secundária, que nunca teve uma intervenção profunda desde que foi inaugurada; e temos a ambição de devolver ao Cartaxo a qualidade de vida que já teve, temos a ambição de concretizar a vinda de empresas para o Cartaxo”. O autarca concretiza, revelando que “no ValleyPark temos boas perspetivas, no quadro de empresas que nos têm visitado de grande dimensão. Obviamente que não é com um estalar de dedos que essas empresas se instalam, sabemos que também andam a estudar outras soluções noutros países, mas temos boas perspetivas de esse conjunto de empresas que nos têm visitado que se possam fixar na nossa terra. Eu diria que destas sete, oito empresas com quem estamos a trabalhar arduamente para encontrar soluções para se instalarem no Cartaxo, se uma delas vier, estamos a falar de multinacionais, seria uma grande notícia”.
Outro dos projetos para o futuro é a revitalização do Projeto Cartaxo Capital do Vinho. Nesse sentido, o Orçamento municipal 2019 tem previstas verbas, nomeadamente para a criação de um conselho consultivo para o projeto, “que seja um instrumento para mobilizar as pessoas, desde os produtores aos agricultores, às pessoas do turismo, ter ali uma representatividade, um fórum para voltar a reerguer o projeto, que foi todo muito mal conduzido no passado, por isso é que ninguém dá por ele”, explica o autarca.
O objetivo é traçar metas para este projeto, de forma a que ele “seja âncora para outras atividades industriais, comerciais, empresariais para o nosso concelho”.
Resumindo, “temos muita matéria para trabalhar e tenho muita esperança que neste mandato consigamos concretizar tudo isto”, diz Pedro Ribeiro.
Visão diferente é a do vereador Jorge Gaspar, eleito do PSD na Coligação Juntos Pela Mudança, que considera que este primeiro ano de mandato “tratou-se de um ano perdido. Nada aconteceu porque nada se fez para acontecer”.
O autarca garante, no entanto, que “o nosso trabalho, meu e do vereador Nuno Nogueira, mantém-se fiel aos princípios da Coligação Juntos pela Mudança e às prioridades assumidas na nossa Carta de Compromissos. É esse o mandato que recebemos de quase 3000 eleitores e é essa a nossa responsabilidade”, finaliza.