Quantas vezes já ouvimos dizer que quem trai uma vez trai sempre? Esta parece ser a ideia dominante. Mas… será que a traição é assim tão linear? Como costuma dizer-se, estará na “massa do sangue”?
Segundo o canal de vídeos do YouTube AsapSCIENCE, nem tudo depende da genética.
A dopamina tem aqui um papel importante. A chamada ‘hormona do prazer’ é libertada após o exercício físico, o consumo de um prato delicioso ou um orgasmo. Além disso, tem um papel muito importante na tendência para a traição, por causa da deriva genética, que é um processo microevolutivo, que consiste na modificação aleatória das frequências alélicas ao longo do tempo. Este mecanismo resulta na perda de variação genética e na fixação de alelos (formas alternativas de um mesmo gene), que podem ser neutros, deletérios ou vantajosos. Dizem os estudo que 50% das pessoas que possuem o alelo vantajoso do recetor da dopamina traíram o seu parceiro, bem como 22% das pessoas que possuem o alelo deletério. As pessoas que possuem o alelo vantajoso têm uma maior tendência para correr riscos, procurar prazer através das mais diferentes formas.
Ou seja, as variações genéticas podem ‘marcar-nos’ logo à nascença como pessoas que têm uma maior tendência para trair o outro.
A AsapSCIENCE diz que o dinheiro também é um fator essencial. Quer isto dizer que os homens que ganham mais que as suas companheiras têm uma maior tendência para trair. Por outro lado, também os homens que não trabalham ou que se dedicam às tarefas domésticas parecem ter uma maior vontade de enganar o outro.
A hormona vasopressina afeta a criação de laços de confiança e empatia. Vários estudos confirmam o impacto desta hormona na tendência para a traição, ou seja, um menor nível de vasopressina cria uma maior apetência para a traição.
Por fim, os sentimentos. Segundo estes especialistas, um passado conturbado, assuntos por resolver ou problemas relacionados com a vida sexual, entre outros, têm um grande impacto quando chega a ‘oportunidade’ de trair o outro.