Este território tem que ser mais competitivo e qualificado

 

A economia do Cartaxo precisa de ser revitalizada, criando emprego e riqueza. No entanto, também sabemos que ela, só por si, terá muitas limitações em o conseguir, face a uma cada vez maior mobilidade inter-regional condicio… Opinião de Renato Campos


A economia do Cartaxo precisa de ser revitalizada, criando emprego e riqueza. No entanto, também sabemos que ela, só por si, terá muitas limitações em o conseguir, face a uma cada vez maior mobilidade inter-regional condicionando-a ou mesmo, dinamizando-a. Daí, a necessidade do levantamento e potenciação das capacidades produtivas do conjunto dos territórios dos municípios da Lezíria do Tejo, valorizando um espaço regional mais alargado, ao qual o concelho do Cartaxo pertence.

Sabemos que, no atual contexto de um mercado global e competitivo, importa fundamentalmente privilegiar os processos produtivos baseados na inovação tecnológica. Daí que cada vez mais as regiões, face aos desafios da mobilidade e da competitividade inter-regional, já que estas questões ganham uma dimensão acrescida, procurem nos seus territórios consolidar novas vantagens relativas que lhes garantam acrescidas competitividades, atraiam novos investimentos, criem emprego e cativem atividades com maior valor acrescentado. Para isso torna-se imprescindível e necessário a especialização deste território regional em torno de determinadas atividades de acordo com as suas próprias potencialidades.

No caso do Vale do Tejo, é sobejamente conhecido que esta região, para além de uma localização geográfica favorável, dispõe de invejáveis recursos hídricos, de solos de elevada qualidade, de uma densa mancha florestal, apresentando para lá de um potencial agrícola, condições muito favoráveis ao desenvolvimento de um competitivo sector agro-industrial. Da mesma maneira, também é assumido que uma das bases para o sucesso destes territórios, deve assentar, nas sinergias a desenvolver entre os diversos agentes de desenvolvimento locais, especialmente através de parcerias entre o Estado, Municípios, Associações Empresariais, Universidades e Centros de Investigação. Realça-se que neste domínio o Vale do Tejo constitui uma região onde se têm verificado algumas experiências bem sucedidas, se bem que algumas, sem a continuidade necessária. É urgente novamente encetar novas e mais exigentes experiências em novas parcerias focalizadas em projetos de investimentos tecnológicos e inovadores que valorizem a região.

Se ambicionamos ver o concelho do Cartaxo e o Vale do Tejo como um território competitivo e qualificado, atrativo de mais emprego e riqueza produtiva, não se poderá ignorar que o aproveitamento das suas potencialidades e recursos próprios, assentará na interação e complementaridade inter-regional, entre os sectores produtivos, o nível de inovação tecnológica e a estratégia de uma política de desenvolvimento regional sustentável. Para isso há que aproveitar, de forma correta e estratégica, os próximos fundos europeus que, provavelmente, não se repetirão.

Crónica publicada na edição de outubro do Jornal de Cá.

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