Aconteceu, faz hoje 33 anos, a explosão de gás na Escola Secundária do Cartaxo, que vitimou dois alunos e deixou marcas profundas em muitos outros, tal como na professora, daquela turma de oitavo ano.
Mais um ano que passa e mais uma vez se assinala esta trágica data que enlutou o Cartaxo, nos anos oitenta. Este ano, passados 33 anos sobre o acidente que vitimou metade da turma do 8º C numa explosão de gás, o Jornal de Cá reuniu alguns dos alunos que viveram aquele pesadelo, dentro e fora daquela sala, e agora relembram os momentos antes, durante e depois do acidente, com um rigor tal que parece ter acontecido hoje.
Aconteceu, em 1985, numa tarde chuvosa de sexta-feira, uma fuga de gás que provocou a tragédia na segunda hora de uma aula de Educação Visual e marcou física e psicologicamente os alunos da turma do 8º C. A falta de uma torneira de segurança no terminal de gás no interior de uma bancada fez com que que o gás se acumulasse na sala, destinada a aulas de química, provocando uma explosão. Na altura, depois de apurados os factos, o Estado ficou responsável pelo ocorrido e viria a indemnizar as vítimas com valores monetários relativos a danos morais, em 2003, mas muito terá ficado por dizer e fazer em benefício das mesmas.
Na próxima edição do Jornal de Cá, a sair no dia 2 de fevereiro, contamos-lhe como, passados mais de trinta anos, as marcas ainda estão bem presentes nestes homens e mulheres, agora com mais de 45 anos de idade, que olham para trás e não deixam de sentir uma grande mágoa pelo que não foi dito ou feito.
A foto é de há três anos, quando algumas das vítimas se reuniram para assinalar os 30 anos do acidente, com a presença do Jornal de Cá. Esta foi a primeira vez que a maioria daquela turma se reuniu, incluindo os ex-alunos do 8º C que no momento do acidente não se encontravam na sala de aula.