“Treblinka”, de Sérgio Tréfaut, é o filme escolhido para esta sexta-feira, no Centro Cultural do Cartaxo.
Vencedor do prémio de Melhor Longa Metragem Portuguesa do Indie Lisboa, do prémio Especial do Juri Internacional no Panorama de Cinema de Salvador e da Melhor Fotografia nos Prémios Iberoamericanos Fenix, integrou as seleções oficiais de numerosos festivais de cinema.
Em Treblinka ouvem-se as vozes de vários testemunhos do extermínio. A parte principal corresponde a excertos das memórias de Chil Rajchman cuja publicação teve lugar já neste século, após a morte do autor. Chil Rajchman, um judeu polaco, foi detido com a irmã mais nova em 1942 e enviado para Treblinka, um campo onde foram exterminadas mais de 750.000 pessoas. Mal chegaram, a sua irmã foi enviada para as câmaras de gás, mas Chil Rajchman escapou à execução, trabalhando sob ameaças e espancamentos contínuos durante dez meses como barbeiro, separador de roupas, carregador de cadáveres, arrancador de dentes.
Em agosto de 1943, houve uma revolta no campo e Rajchman foi um dos poucos que conseguiu escapar vivo. Em 1945, passou a escrito este testemunho único, que só foi publicado pelos seus filhos no início do século XXI. São as suas palavras que se ouvem em Treblinka.
Um filme para ver a partir das 22h.