Um balanço de 2016 para encarar 2017 com confiança

Opinião de Elvira Tristão

As novas tecnologias e a sociedade de informação em que vivemos globalmente presentearam-nos, em 2016, com o agravamento de um mundo de incertezas, marcado pelo aumento do clima de insegurança na Europa e no mundo, pelo agravamento dos conflitos no Médio Oriente, pela ameaças à União Europeia, pelo aumento dos nacionalismos e pela enorme crise de refugiados com que os europeus se confrontam.

Contrariamente, na dimensão nacional, a generalidade dos portugueses manifesta mais confiança no futuro, fruto da restituição de salários, da diminuição do desemprego, do aumento do poder de compra e, sobretudo, da diminuição das desigualdades que resultaram de um ajustamento da economia ao ideário neoliberal. Além disso, os portugueses têm sabido ser grandes, não só no futebol e no desporto. A recente eleição de António Guterres para secretário-geral das ONU enche-nos de orgulho e o seu humanismo e capacidade de diálogo dão-nos esperança de que seja possível diminuir os conflitos e as crises humanitárias.

E por cá? Na dimensão local, em 2016 comemorámos 40 anos de poder local democrático. No Cartaxo, os eleitores têm renovado a sua confiança no Partido Socialista. Estou convicta de que isso se deve à renovação do seu projeto e das suas equipas, por vezes, com ruturas.

Em 2013 iniciou-se um novo ciclo autárquico cujas principais prioridades foram: estancar e reestruturar a dívida; devolver o bom nome, perante os credores, ao município do Cartaxo; garantir a conclusão de investimentos comunitários na rede viária (que estavam em risco); organizar os depauperados recursos humanos (sobretudo os operacionais); e zelar pela manutenção de serviços, infraestruturas e equipamentos. É preciso relembrar que, em 2013, quando o atual executivo iniciou funções, estavam em causa a iluminação pública, os transportes escolares, a recolha do lixo ou o pagamento dos salários dos funcionários, tal era a dimensão do incumprimento perante os credores! Tem sido feito um trabalho notável, mas ainda assim invisível aos olhos de muitos, como tem sido o caso das negociações com a Cartágua para impedir maiores prejuízos do que os causados pela gestão deste dossiê por Paulo Varanda.

Em 2017, a construção do centro escolar de Pontével, a regeneração urbana na cidade e a concretização do projeto plurianual de manutenção da rede viária, finalmente, verão a luz do dia.

Fica muito por fazer e o Partido Socialista reforça o seu compromisso de fazer bem. Ultrapassadas as tormentas, o compromisso é de fazer melhor. As comemorações dos 200 anos da elevação do Cartaxo a concelho foram a prova de que é possível agregar, rejuvenescer e fazer melhor, com todos. Tal como em 2013, o compromisso do PS Cartaxo é de planear o novo ciclo autárquico com todos os que se reveem no projeto socialista dando continuidade ao que foi iniciado por Renato Campos em 1976.

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Crónica publicada na edição de janeiro do Jornal de Cá.

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