Alguns utilizadores do antigo Skate Park do Cartaxo foram à reunião de Câmara de segunda-feira, 21 de maio, realizada em Vale da Pedra, perguntar se a requalificação do espaço poderia ser feita ao abrigo do IFRRU (Instrumento Financeiro de Reabilitação e Revitalização Urbana), recentemente apresentado na autarquia.
Miguel Casimiro foi o porta-voz das questões dos praticantes de skate no concelho, e começou por lembrar a história do Skate Park até à sua retirada, para depois perguntar “porque é que o Skate Park não tem sido alvo de intervenção, como, por exemplo, a Quinta das Pratas?”.
Os praticantes de skate estão impedidos de praticar a modalidade no concelho há já algum tempo, não obstante as conversações que têm mantido com os diversos executivos que têm passado pela Câmara Municipal, realçou Miguel Casimiro, mas a solução tarda em chegar. Assim, Miguel Casimiro quis saber “o que é que podemos esperar, se o Skate Park vai ser incluído no IFRRU 2020, porque é uma área urbana”.
Até porque à volta do concelho do Cartaxo são já muitas as localidades que apostaram em espaços desta natureza. Rio Maior, Póvoa de Santa Iria, “onde arranjaram um solução de betão, que custou 10.280 euros”, Torres Novas, “onde foi colocado um Skate Park num espaço que já existia, também por 10.000 euros”, Cadaval, são alguns exemplos.
Uma das hipóteses que tem sido levantada pela autarquia para a construção desta estrutura é que esta seja feita ao abrigo de um patrocínio. Uma questão que, aos olhos de Miguel Casimiro, não se afigura fácil, já que “só há um município em Portugal que conseguiu obter patrocínio privado, todos os skate parks construídos até hoje foram construídos através de fundos comunitários, ou através do investimento, por muito pequeno que seja”.
Miguel Casimiro fez, ainda, notar que o Skate vai passar a ser modalidade olímpica a partir de 2020, o que torna ainda mais pertinente a recolocação desta estrutura no Cartaxo, onde existem muitos praticantes, que são obrigados a deslocar-se a outros concelhos.
O presidente do Município, Pedro Ribeiro, explicou que a autarquia ainda não teve hipóteses de proceder à reposição do Skate Park, até porque existiam outros equipamentos bastante degradados, como as Piscinas Municipais. “Estão ali três ou quatro Skate Parks, na versão dos 100.000 euros”. Além disso, “há uma freguesia, que é Vila Chã, onde os jovens não têm, sequer, um espaço desportivo seja para o que for”.
O autarca garantiu que “estamos à procura de soluções também para o Skate Park”, e acrescentou que “o IFRRU é um programa específico que não enquadra este tipo de equipamentos. O PEDU (Plano estratégico de Desenvolvimento Urbano) pode enquadrar, se houver reprogramação”.
Pedro Ribeiro assegurou, ainda, que não tinha conhecimento do custo do Skate Park de Torres Novas, mas que, “por esse montante, diria que mais facilmente podemos encontrar uma solução”.