“Vejo que em Vila Chã ainda há muito por fazer”

Maria João Almas, 46 anos, empresária, candidata a presidente da Junta de Freguesia de Vila Chã de Ourique pela coligação Juntos pela Mudança (PSD e Nós, Cidadãos)

Quem é a mulher que se candidata a presidente de Junta?
Sou uma mulher ambiciosa e sonhadora. E sou guerreira, porque quando me meto num projeto tenho sempre um objetivo que quero cumprir e esse objetivo, custe o que custar, tem de chegar até ao fim, luto pelas minhas ideias.

Sou natural de Vila Chã de Ourique, tenho 46 anos e sou sócia-gerente de uma empresa de materiais de construção civil. Moro no Cartaxo, mas só cá venho dormir, porque o meu negócio é em Vila Chã.

Isto da política começou tudo há quatro anos, através de um convite que me foi feito na altura da candidatura do Vasco Cunha. Aí ainda era independente. Entretanto, surgiu o convite do Vasco Cunha, e eu entrei para militante. Sou membro da Assembleia de Freguesia de Vila Chã de Ourique desde 2013.

 

O que a motivou a ser candidata?
Isto vem tudo do trabalho que se tem vindo a realizar nestes últimos quatro anos. Gosto de fazer o bem pela terra e vejo que em Vila Chã, além de se ter feito já alguma coisa, ainda há muito por fazer, ainda há muitos setores abrangentes que se pode motivar, e eu sempre disse para não deixarem morrer Vila Chã de Ourique, para não ser o espelho do concelho. Acho que as freguesias estão a ser uns espelhos do Cartaxo, e parece que estão todas a ver o mesmo espelho, parece que está tudo a morrer. E eu tenho lutado para isso não acontecer.

Um dos principais objetivos para Vila Chã – nós começamos a ver ali um certo movimento de manhã, mas depois, a partir do meio-dia, está completamente estagnado, e depois começamos a ver aí a partir das cinco horas no centro da vila, as pessoas já com uma certa idade a conversarem. Mas depois morre – acho que quando uma vila ou uma aldeia morre também tem a ver com as escolas, as escolas trazem vida à terra, e a minha luta é fazer sempre mais e melhor pelas escolas, para as escolas não morrerem. Nós já tivemos uma escola fechada.

 

Que presidente de Junta quer ser?
O presidente de Junta deve ser uma pessoa completamente aberta, ouvinte e humilde, principalmente. Não é por ser presidente de Junta que sobe qualquer poder à cabeça e a pessoa deixa de ser humilde e deixa de ouvir, ou começa a ser arrogante. Quero ser precisamente isso, uma pessoa humilde, que quer ouvir todas as pessoas e chegar a todas elas.

 

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Que ideia tem da sua freguesia?
Pertenço à Assembleia de Freguesia, sei perfeitamente qual é o orçamento, este ano temos um orçamento de 205 mil euros. Sabemos que há verbas internas, e aí há oscilação; também sei que a maior parte do orçamento se deve, também, ao cemitério, onde se vai buscar mais dinheiro, mas isso acho que é geral, a fonte de rendimento é essa, o que faz aumentar ou diminuir o orçamento. Mas é um orçamento que tem de ser muito bem gerido, porque cada vez vem menos dinheiro da Câmara, temos a situação da adenda, que se queria tirar mais dinheiro e o executivo não assinou, mas as contas da Junta, segundo aquilo que nos apresentam, estão saudáveis, não há dúvidas. Já que não receberam uma boa herança, que passem uma boa herança. E caso acontecesse uma situação semelhante à das últimas eleições, em que, depois, se teve de arranjar a solução do executivo tripartido, eu não tinha qualquer problema em trabalhar com uma solução dessas. Não conheço tão bem o candidato da CDU, o Artur Venâncio, como conheço o Vasco Casimiro, mas não tinha qualquer problema. Até porque eu apoiei sempre a situação do tripartido.

 

Qual a primeira medida a tomar assim que for eleita?
Primeiro que tudo temos o mercado municipal, que tem amianto e que já ando a lutar há quatro anos pela retirada daquele amianto. Temos de lhe dar outra vida. Tem ali as casas de banho que precisam de ser renovadas, todo o mercado precisa de ser renovado.

Depois, também temos a Escola Básica, que está encerrada, a nº2. Também é urgente tratar disso, dar-lhe vida, que está completamente cheia de ervas, abandonada. Eu queria que aquelas instalações tivessem vida, que sirvam para a comunidade. A minha proposta para ali não é um museu, como muito se tem vindo a falar. Eu não quero, porque aquela escola como museu, primeiro temos de lá ter alguém a trabalhar, e para museu pode ser agora muito bonito, na abertura, a pessoa ir lá, mas depois fica morto. Eu quero aquela escola como uma área jovem, para os jovens poderem ali estar, uma área com computadores, o género de uma biblioteca, que as pessoas possam ir consultar, e aí sim, não é um espaço morto, é um espaço abrangente a toda a comunidade. É uma espécie de espaço multiusos. Pode ser museu, mas o meu objetivo não é o museu.

Além disso, temos o espaço onde era o recreio, e aí sim, nós pretendemos fazer aí um parque de máquinas, porque temos outro projeto para dentro de Vila Chã, fazer ali um armazém, um pavilhão onde se possa ter todo o material que é da Junta de Freguesia.

O projeto que este grupo tem é levar a Casa Mortuária para o antigo espaço da Junta de Freguesia, que é no centro de Vila Chã, e tem capacidade para ter duas salas, tem casas de banho e um espaço de receção.

 

Lista do Juntos Pela Mudança à Assembleia de Freguesia de Vila Chã de Ourique
Candidatos efetivos Maria João Ribeiro das Almas Bernardino, 46 anos, empresária; José Carvalho Martins, 61 anos, reformado; José Mateus Ribeiro da Costa, 66 anos, reformado; Filomena Maria Martins Cardoso Fialho, 46 anos, contabilista certificada; Jorge Manuel da Costa Antunes, 59 anos, agricultor; Domingos Ribeiro Alves, 59 anos, técnico de vendas; Sandra Ferreira Mascarenhas Santos Pereira, 44 anos, escriturária; Joel Ricardo Vicente dos Santos, 39 anos, desempregado; Telmo António Pereira Monteiro, 51 anos, electromecânico

Candidatos suplentes Vera Mónica de Sousa Nogueira, 34 anos, professora de educação especial; Francisco Miguel Marques Martins, 31 anos, gerente de loja; João Pedro Mendão Antunes, 29 anos, gerente comercial; Maria de Lurdes Coelho Ferreira, 50 anos, empresária; Tiago Miguel Ramalho de Barros Duarte, 20 anos, estudante; Rui Jorge Rosa Nogueira, 51 anos, empregado de escritório; Maria Ermelinda Monteiro da Costa, 50 anos, auxiliar de ação educativa; Pedro Miguel das Almas Marcelino, 43 anos, operador fabril; João Paulo da Silva Marques, 46 anos, técnico de armazém; Cristina Maria Patrício Gaspar Alves, 50 anos, doméstica; João Miguel Monteiro Morgado, 31 anos, engenheiro alimentar; Luís Miguel de Sousa Rodrigues, 27 anos, farmacêutico; Mónica Filipa Luís Pereira, 33 anos, operadora de supermercado; Manuel Nuno Morais Serrano, 49 anos, bancário; Filipe Rosa Negreira, 79 anos, reformado

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