Vila Chã de Ourique já tem Caixa Solidária

Vila Chã de Ourique e Vale da Pedra já têm locais para colocar bens essenciais doados, para que possam ser levados por quem necessita.

Em Vila Chã de Ourique, esse local é a Casinha dos Brinquedos, que a Junta de Freguesia transformou em Casinha Solidária.

Esta Casinha Solidária surgiu por solicitação de três freguesas, “que mandaram um email para a Junta a pedir não a Casinha, mas o Barril de Livros para transformar em apoio solidário, mas chegámos à conclusão que o Barril não era muito adequado, pelas dimensões que tem. E elas pediram a cedência da Casinha. O executivo decidiu que iríamos ceder aquela Casinha para esse efeito, por tempo indeterminado”, explica o presidente da Junta de Vila Chã de Ourique, Vasco Casimiro.

Em Vale da Pedra, a caixa solidária foi colocada junto ao edifício da Junta de Freguesia local. O presidente, José Belo, revela que “foi uma freguesa que ontem teve a amabilidade de se mostrar disponível para aderir a este projeto. Tive reunião com executivo, mas independentemente da decisão do executivo, era minha intenção aderir. Agradecemos a adesão e demos oportunidade de a senhora colocar a caixa na Junta de Freguesia”.

Entretanto, todas as freguesias do concelho do Cartaxo vão dispor, em breve, de caixas solidárias. O projeto foi apresentado à Câmara Municipal por Mauro Silva, da empresa PT Wide e rapidamente abraçado pela autarquia, que o apresentou às freguesias, que logo manifestaram a sua disponibilidade para aderir a este projeto solidário.

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O princípio é que os que têm alguma disponibilidade possam repartir com os mais carenciados, oferecendo bens essenciais. Estes bens são colocados em caixas, em locais estratégicos, para que quem passa por dificuldades os possa ir buscar.

Todas as freguesias do concelho aceitaram aderir à iniciativa, embora iniciativas do género já existam em alguns locais, como é o caso de Pontével, onde existe uma caixa com o mesmo fim colocada nas imediações da Junta de Freguesia local, por alguns fregueses.

O projeto está, ainda, numa fase embrionária. O objetivo é uniformizar as caixas, para que possam ser facilmente identificadas, quer por quem dá quer por quem precisa. Nesta altura, segundo os presidentes de junta, estão a ser estudados os melhores locais e também as caixas a colocar.

“O que tem de estar subjacente a este projeto é o espírito, é aquilo que possa trazer de benefício para a população”, considera José Belo, acrescentando que “se a gente está a fazer uma caixa solidária, acho que é importante a gente não estar a adiar mais a ajuda à população. Independentemente da decisão final, tenho de avançar”, “porque, senão, isto perde o espírito, perde a essência, perde a oportunidade”.

Não obstante a existência da Casinha Solidária em Vila Chã de Ourique, a vila “está à mesma no projeto da caixa solidária e está solidária com todos e com o projeto” e “logo que surja a caixa solidária teremos de repensar e ver como é que vamos situar a caixa, e complementar, se calhar, este projeto da Casinha com a caixa”, adianta o autarca.

Este é um projeto nacional que se foi alastrando pelo País inteiro. Surgiu num grupo de Facebook, com o nome @caixa.solidária, que já tem perto de 50 mil membros, “e já há muito tempo que andava em congeminação pelas pessoas de Vila Chã de Ourique. O Eng.º Mauro Silva despertou-me a atenção para ele, ao dizer que ia lançar um projeto, através da sua empresa, a apoiar caixas solidárias. Propôs-me a mim e, ao mesmo tempo, ao senhor presidente da Câmara, que, logicamente, agarrou o projeto”, diz Vasco Casimiro.

Vasco Casimiro conta que a Casinha Solidária já está abastecida e, “pela conversa que tive com os primeiros ‘abastecedores’, logo na primeira noite teve visitas, já houve quem precisasse de mantimentos, e já voltaram a abastecer”. A Casinha Solidária conta, também, todas as noites, com caixas de sopa quente, fornecida por voluntários.

Também em Vale da Pedra a caixa solidária está abastecida. “Ainda ontem tive um freguês que me veio pedir ajuda ao nível da alimentação. E eu vou aguardar? Não vou”, termina José Belo.

Isuvol
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